Franz Boas, um dos fundadores da antropologia moderna, criticou o evolucionismo cultural em seu texto por três principais pontos: 1. Boas questionou a premissa evolucionista de que a semelhança dos fenômenos etnológicos encontrados nas mais distintas regiões do mundo seria a prova de que a mente humana obedeceria a um funcionamento comum em todos os lugares. Ele argumentou que essa semelhança poderia ser explicada por outros fatores, como a adaptação ao meio ambiente e a difusão cultural. 2. Boas apontou as particularidades e os matizes de certos costumes que eram vistos pelos antropólogos evolucionistas como evidências de que certa sociedade se encontrava em determinado estágio cultural. Ele argumentou que essas particularidades eram importantes e não deveriam ser ignoradas, pois cada cultura tem sua própria história e desenvolvimento. 3. Boas criticou a perspectiva evolucionista e o método comparativo por amarrarem os fenômenos em uma camisa de força teórica que impedia a construção de um processo indutivo de análise a partir dos fenômenos coletados. Ele argumentou que a antropologia deveria se concentrar em estudar as culturas em seus próprios termos, sem tentar enquadrá-las em uma teoria evolutiva pré-concebida.
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