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Atualmente, o diabete melito tipo 2 (DM2) é considerado um problema de saúde pública e uma epidemia mundial, acometendo países desenvolvidos e em d...

Atualmente, o diabete melito tipo 2 (DM2) é considerado um problema de saúde pública e uma epidemia mundial, acometendo países desenvolvidos e em desenvolvimento. O aumento da incidência e prevalência é atribuído especialmente ao estilo de vida atual que predispõe ao acúmulo de gordura corporal. Contribuem também o envelhecimento da população e os avanços terapêuticos no tratamento da doença. Com a maior sobrevida e o tempo de exposição à hiperglicemia de portadores de DM mais prolongado, aumenta também a prevalência de complicações crônicas da doença, que podem ser muito debilitantes e onerosas ao sistema de saúde. Entre as principais complicações, figuram a doença cardiovascular (DCV), como a primeira causa de mortalidade entre indivíduos com DM; a nefropatia, uma das maiores responsáveis pelo ingresso em programas de diálise e transplante; o pé diabético, como importante causa de amputações de membros inferiores; e a retinopatia, como a principal causa de cegueira adquirida. Essas enfermidades demandam procedimentos diagnósticos e terapêuticos de alto custo, hospitalizações, invalidez e morte prematura com custos substancialmente elevados para o Sistema Único de Saúde (SUS), além do custo social que representam para o indivíduo e a família. Em 1994, estimava-se que, no mundo, 135 milhões de pessoas apresentavam a doença; em 2005, 240 milhões; e a projeção para 2030 é que o DM atinja 366 milhões de pessoas, sendo que dois terços habitarão países em desenvolvimento. Dados sobre prevalência de DM no Brasil datam do final da década de 1980, quando se estimou que, em média, 7,6% dos brasileiros entre 30 e 69 anos de idade apresentavam DM, com incidência igual sobre os dois sexos, mas aumentando de acordo com a idade e a adiposidade corporal. Os dados foram obtidos em nove capitais brasileiras, e as maiores taxas foram observadas nas cidades de São Paulo e Porto Alegre, sugerindo o papel da urbanização e industrialização na patogênese do DM2. À época, chamou a atenção o fato de que cerca de metade dos indivíduos diagnosticados desconhecia sua condição, o que levantou a suposição de que os serviços de saúde diagnosticavam casos de DM tardiamente, comprometendo a prevenção das complicações crônicas. Esses dados não foram atualizados até o momento. Estudo semelhante foi realizado na cidade de Ribeirão Preto, SP, onde a prevalência de DM na faixa etária de 30 a 69 anos foi de 12,1%, sugerindo que o DM deve ser mais prevalente nesta faixa etária no estado de São Paulo. Considerando o último censo populacional do IBGE e utilizando-se a prevalência do estudo de Ribeirão Preto, o número estimado de DM no Brasil é de aproximadamente 10,3 milhões.


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O diabetes melito tipo 2 (DM2) é considerado um problema de saúde pública e uma epidemia mundial, acometendo países desenvolvidos e em desenvolvimento. O aumento da incidência e prevalência é atribuído especialmente ao estilo de vida atual que predispõe ao acúmulo de gordura corporal. Contribuem também o envelhecimento da população e os avanços terapêuticos no tratamento da doença. As principais complicações do DM2 são a doença cardiovascular (DCV), nefropatia, pé diabético e retinopatia. Essas enfermidades demandam procedimentos diagnósticos e terapêuticos de alto custo, hospitalizações, invalidez e morte prematura com custos substancialmente elevados para o Sistema Único de Saúde (SUS), além do custo social que representam para o indivíduo e a família. A projeção para 2030 é que o DM atinja 366 milhões de pessoas, sendo que dois terços habitarão países em desenvolvimento. No Brasil, a prevalência de DM2 é de aproximadamente 10,3 milhões de pessoas.

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