O processo de ausentes, regulado no Código de Processo Penal português de 1929, é um procedimento especial que ocorre quando o réu não pode ser notificado do despacho de pronúncia ou equivalente, por não ser encontrado, ou quando, sendo notificado, faltar injustificadamente ao julgamento e não for encontrado. Esse processo tem como objetivo minimizar os inconvenientes da falta de defesa pessoal do acusado, não funcionando como castigo pela sua fuga ou revelia. Algumas das especialidades desse processo são: o julgamento por juiz singular em processo de querela, a redução obrigatória da prova a escrito em processo de querela e processo correccional, a admissibilidade de recurso no prazo de cinco dias após a notificação da sentença, quando o réu for preso ou se apresentar em juízo, a possibilidade de o réu condenado em pena de prisão superior a dois anos requerer um novo julgamento e de o tribunal ad quem impor oficiosamente este novo julgamento.
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