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Justifica-se uma referência especial ao processo de ausentes, regulado no C.P.P. português de 1929. Este processo tem lugar quando o réu não pode s...

Justifica-se uma referência especial ao processo de ausentes, regulado no C.P.P. português de 1929. Este processo tem lugar quando o réu não pode ser notificado do despacho de pronúncia ou equivalente, por não ser encontrado, e ainda quando, sendo notificado, faltar injustificadamente ao julgamento e não for encontrado (artigos 562º, 563º, 569º e 570º deste diploma). São especialidades do processo de ausentes: o julgamento por juiz singular em processo de querela (artigo 571º, §1º); a redução obrigatória da prova a escrito em processo de querela e processo correccional (artigos 568º e §1º do artigo 571º); a admissibilidade de recurso no prazo de cinco dias após a notificação da sentença, quando o réu for preso ou se apresentar em juízo (artigo 564º, §6º, e artigo 571º, §3º); e a possibilidade de, no mesmo prazo, o réu condenado em pena de prisão superior a dois anos requerer um novo julgamento (artigo 571º, §3º) e de o tribunal ad quem impor oficiosamente este novo julgamento (artigo 577º). Como salienta Manuel Cavaleiro de Ferreira32, o processo de ausentes «não funciona ad odium contra o ausente, como castigo pela sua fuga ou revelia. A revelia do réu, mesmo procurada, não pode acarretar sanções sobre o arguido no sentido da presunção da culpabilidade». Esta forma de processo visa, antes, minimizar os inconvenientes da falta de defesa pessoal do arguido.


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336 pág.

Direito Penal I

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O processo de ausentes, regulado no Código de Processo Penal português de 1929, é um procedimento especial que ocorre quando o réu não pode ser notificado do despacho de pronúncia ou equivalente, por não ser encontrado, ou quando, sendo notificado, faltar injustificadamente ao julgamento e não for encontrado. Esse processo tem como objetivo minimizar os inconvenientes da falta de defesa pessoal do acusado, não funcionando como castigo pela sua fuga ou revelia. Algumas das especialidades desse processo são: o julgamento por juiz singular em processo de querela, a redução obrigatória da prova a escrito em processo de querela e processo correccional, a admissibilidade de recurso no prazo de cinco dias após a notificação da sentença, quando o réu for preso ou se apresentar em juízo, a possibilidade de o réu condenado em pena de prisão superior a dois anos requerer um novo julgamento e de o tribunal ad quem impor oficiosamente este novo julgamento.

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