Fraga et al. (2008) e Rodrigues et al. (2016), descrevem que a aspiração de corpo estranho é uma situação séria e potencialmente fatal. A gravida...

Fraga et al. (2008) e Rodrigues et al. (2016), descrevem que a aspiração de corpo estranho é uma situação séria e potencialmente fatal. A gravidade dos sintomas depende do grau de obstrução das vias aéreas. Em casos de obstrução total ou subtotal (da laringe ou traqueia, em particular), a asfixia pode levar à morte rapidamente. Graus menores de obstrução ou obstrução da árvore brônquica distal causada por corpo estranho produzem sintomas mais leves. Embora a aspiração de corpo estranho possa ocorrer em qualquer estágio da vida, é muito mais comum em crianças. Em adultos, a aspiração de corpo estranho é incomum e está principalmente associada à aspiração acidental de ferramentas de trabalho (clipes de papel, tachas ou pregos) e fragmentos de ossos, além de ocorrer em estados de inconsciência (trauma, anestesia geral, sedação, intoxicação, crises epilépticas e doenças neurológicas). Sabidamente, em se tratando de emergências pediátricas no ambiente extra-hospitalar, é um desafio constante em decorrência da vulnerabilidade que essa população apresenta, quando comparadas com o adulto. Um dos motivos que mais fazem com que a equipe de Atendimento Pré-Hospitalar (APH) seja acionada para atender esse público, refere-se a problemas de ordem respiratória, principalmente por Obstrução das Vias Aéreas Superiores por Corpo Estranho (OVACE). Tais ocorrências (obstruções) podem ser classificadas entre leves (parcial) ou grave (completa). Lembrando que a via aérea de uma criança, até a pré-adolescência, possui certa limitação de fluxo aéreo e por mais pequeno que seja o objeto ou corpo estranho que se aloje na Via Aérea Superior (VAS) já se torna suficientemente danoso à vida deste ser. Ao se deparar com uma vítima ainda consciente de aproximadamente três anos de idade e que se encontra com sinais de afogamento por acúmulo de secreção na cavidade oral, qual manobra ou conduta você aplicaria em seu atendimento. Escolha a opção correta: 

A)  Colocar a criança (lactente) de bruços sobre um dos braços; inclinar levemente e firmemente a cabeça da vítima para baixo (permitindo) a drenagem de secreção e/ou corpo estranho; aplique golpes leves no dorso (entre as escápulas) da vítima; observe se ocorreu remoção do corpo estranho. 

B)  O socorrista deverá ficar sentado; colocar a criança (lactente) de bruços sobre um dos braços, estando este apoiado a perna; encaixar a mão do braço de apoio com os dedos indicador e médio entreabertos entre a boca e nariz da vítima; inclinar levemente e firmemente a cabeça da vítima para baixo (permitindo) a drenagem de secreção e/ou corpo estranho; aplique golpes leves no dorso (entre as escápulas) da vítima; observe se ocorreu remoção do corpo estranho; avalie o padrão respiratório da vítima. 

C)  Colocar a criança (lactente) de bruços sobre um dos braços, estando este apoiado à perna; encaixar a mão do braço de apoio com os dedos indicador e médio entreabertos entre a boca e nariz da vítima; inclinar levemente e firmemente a cabeça da vítima para cima (permitindo) a drenagem de secreção e/ou corpo estranho; aplique golpes leves no dorso (entre as escápulas) da vítima; avalie o padrão respiratório da vítima.

D)  O socorrista deverá ficar sentado; colocar a criança (lactente) de bruços sobre um dos braços; encaixar a mão do braço de apoio com os dedos indicador e médio entreabertos entre a boca e nariz da vítima; aplique golpes leves no dorso (entre as escápulas) da vítima; observe se ocorreu remoção do corpo estranho; avalie o padrão respiratório da vítima.