O cimento é um dos materiais mais consumidos pelos brasileiros. Entre janeiro e dezembro de 2018, 52,7 milhões de toneladas de cimento foram consum...

O cimento é um dos materiais mais consumidos pelos brasileiros. Entre janeiro e dezembro de 2018, 52,7 milhões de toneladas de cimento foram consumidas pelo mercado interno (SNIC, 2019). Apesar de expressivo, esse montante representa uma redução de 1,2% para o mesmo período em 2017. Uma das alavancas que manteve o setor nesse período foi o avanço das práticas de coprocessamento, isto é, da geração de energia térmica a partir da queima de resíduos, isso ocorre, pois o processamento térmico das matrizes do cimento demanda um elevado contingente de material combustível. Outro ponto que comprova a utilização do cimento para a indústria da construção civil é a incorporação de seus resíduos como constituintes do concreto, uma prática que vem ganhando cada vez mais espaço no setor. A grande maioria das obras na construção civil brasileira emprega os materiais cimentícios nos seus sistemas e subsistemas, em especial no concreto que é utilizado da fundação ao acabamento da obra. Os motivos para isso são simples: a sua capacidade de adequar-se aos mais variados formatos, o que possibilita maior liberdade quando dos aspectos estéticos de uma obra; sua resistência mecânica, sendo capaz de absorver e redirecionar esforços; por fim, a possibilidade de produzi-lo in loco, não exigindo mão de obra altamente qualificada. No entanto, esse último aspecto pode comprometer a qualidade do concreto, resultando em algumas restrições em canteiros de obra.