Prévia do material em texto
RESUMÃO 1 RESUMÃO O ferro é a base dos metais, era muito utilizado no inicio do século XIX já que os recursos de madeira era escasso. Por esse motivo as industrias tiveram um grande estimulo para o uso do carvão mineral. O ferro é considerado uma solução arquitetônica inteligente porque pode ser usado tanto internamente quanto externamente, isso se dá por seus benefícios, como durabilidade, resistência, versatilidade, leveza, diminuição no tempo da construção, precisão nas formas e o custo-benefício. A indústria de Coallbrookdale, na Inglaterra, foi pioneira no uso de ferro em moldes de areias para criação de objetos de ferro fundido. (na época já se sabia que o carvão mineral era inferior ao carvão vegetal). O ferro era fundido em um tipo especifico de forno, Forno de Coque, que é tipo especifico de forno que contém uma estrutura complexa que requer uma produção contínua de longo prazo. FERRO FORJADO O Ferro Forjado tem um ter de carbono menor que a do Ferro Fundido (wrought iron). Ferro forjado, é ferro comercialmente puro, o qual possui uma pequena quantidade de carbono, mas que geralmente possui escórias. Henry Cort foi o patenteador do processo de produção do Ferro Forjado. RESUMÃO 2 O processo de poça transformava o ferro-gusa em ferro forjado, submetendo-o ao calor e mexendo na fornalha, sem o uso de carvão. Foi o primeiro método que permitiu a produção de ferro forjado de qualidade em larga escala. A invenção de Cort teve um impacto tremendo na indústria do ferro e ajudou a aumentar significativamente a produção da Inglaterra. A produção que se fazia em 1 semana passou a ser feita 1 hora. AÇO O aço (steel) é uma liga metálica formada essencialmente por ferro e carbono, com percentagens deste último variando entre 0,008 e 2,11%. Foi muito utilizado em construções de grande porte, como pontes, galerias, estufas e etc. Henry Bessemer obteve a patente da produção do aço e em 1856 a patente do conversor para a fabricação do aço mediano. O processo de criação do aço envolvia uma “sopa de ferro fundido ,ˮ o princípio desse processo é a remoção de impurezas do ferro pela oxidação com ar soprado através do ferro fundido. A oxidação inclusive aumenta a temperatura da massa de ferro e a mantém em estado fundido. Uma das primeiras construções a usar o ferro fundido foi o Moinho de Farinha, de Albion Mills em 1786. Era uma moinho movido a vapor e a maioria dos eixos e das rodas era feito de ferro. O moinho pegou fogo em 1891, era muito comum as fabricas e edifícios da época pegarem fogo por conta da grande onda de calor que tinha dentro dos Desenho esquemático de um fornalha de poça. Conversor Bessemer Desenho do Moinho de Farinha Albion RESUMÃO 3 prédios. USO DO FERRO NAS FABRICAS Antes era comum se ter pisos em madeira apoiadas em vigas também em vigas de madeira com paredes envoltas em alvenaria. Uma característica comum das fabricas eram os pequenos vãos, onde largura do vão interno era dividido em outros pequenos vãos, isso não se aplicava ao ultimo pavimento, que era onde ficava as maquinas; O primeiro exemplo do uso de ferro em construções foi a Fabrica de Algodão de Derby, em 1792. Foi utilizado pela a primeira vez colunas de ferro fundido multi-planta, onde os pavimentos eram estruturados em arcos de tijolo e pilares de ferro, chamado de de fabrica “antifogo .ˮ Aqui o vão interno era dividido em três com aproximadamente 2,70 metros; Outra técnica construtiva usada na fabrica foi as abobadilhas, que é um tipo de abóbada caracterizada por ser normalmente construída sem cimbre, com tijolos leves e gesso rápido, colando os tijolos pelas bordas, seguindo uma curvatura pré-determinada até que uma superfície abobadada leve e autoportante seja obtida, era mais barato e tinha mais isolamento térmico; FIAÇÃO DE SHREWSBURY, CHARLES BAGE - 1796/1797 Originalmente construído para ser um moinho de linho, a fabrica foi projetada para ser o mais antifogo possível. Charles projetou um prédio de cinco andares com uma estrutura interna feita inteiramente de ferro fundido. RESUMÃO 4 A estrutura era composta por três fileiras de colunas de ferro fundido e vigas de ferro fundido estendidas entre elas. Arcos de tijolo foram construídos entre as vigas para sustentar os pisos e tirantes de ferro forjado impediram que esses arcos se separassem. Depois de um tempo foram construídas estruturas portantes metálicas em que a área de influência de uma única coluna aumentava. O uso das estruturas de ferro davam maior liberdade de ocupação da área e também dava maior flexibilidade funcional; FABRICAR DE CHOCOLATES MENIER, JULES SAULNIER - 1871/1872 A Fabrica de Chocolate de Menier, em Paris, é outro exemplo de indústria “antifogo .ˮ Atual sede da Nestlé, o prédio foi construído no estilo Prédio-ponte, onde a parte de baixo da fabrica tinha turbinas que usava da força motriz como energia. O fabrica em si começa a partir do pavimento onde tem 4 grandes pilares. No topo dos 4 pilares da ponte sobre o Marne existem suportes de aço muito fortes, que se projetam das laterais. As paredes de ambos os lados são sustentadas por dois suportes internos. As paredes exteriores proporcionam estabilidade adicional, assim como a estrutura, com as travessas diagonais que se cruzam. RESUMÃO 5 Os painéis são revestidos com tijolos coloridos, que juntamente com as cruzes diagonais constituem uma decoração superficial. Estas janelas imitam aberturas na parede, com arcos de segmentos circulares. Sua fachada contém “contraventamentosˮ que servem mais de decoração assim como a cerâmica esmaltada que reveste as fachadas. USO DO FERRO EM PONTES O uso do ferro em pontes trouxe a possibilidade do uso dos vãos livres cada vez maiores. A primeira ponte metálica do mundo foi sobre o rio Severn, em Coalbrookdale, de 1779. Ela tinha aproximadamente 30 metros de vão e foi feita para facilitar o acesso dos operários e dos veículos à fundição de Darby. COALBROOKDALE BRIDGE, ABRAHAM DARBY III E JOHN WILKINSON - 1775/1779 Feita de ferro fundido em formato de arco, possuía boa compressão e péssima tração (consequência do ferro fundido). Para que a ponte não tivesse risco de flambagem foi importante travar a ponte para isso a estrutura tinha peças rebitadas e parafusadas. Como não se tinha muito conhecimento do uso do ferro na época foi aplicado os processos de construção com a madeira em muitas construções metálicas (carpintaria metálica). A ponte eram dois arcos de ferro fundido, cada um com 6 toneladas aproximadamente que forram fundidas em moldes de areia a céu aberto. Com o tempo e com as condições meteorológicas os parafusos foram afrouxando então o rebite tinha que ser de confiança, o rebite é um elemento de fixação com função similar ao prego ou pino. RESUMÃO 6 Esse fixador metálico une, de uma forma rígida e permanente, peças ou chapas - principalmente em estruturas metálicas, como máquinas, veículos de transporte, treliças ou, até mesmo, estruturas simples como cabos de panela. BANGOR (SOBRE O RIO MENAI), THOMAS TELFORD - 1818/1826 Com aproximadamente 175 metros a ponte trabalhava as trações, possuía tanto leveza quanto estabilidade (leveza na parte suspensa e estabilidade na parte dos apoios - inicio da ponte); Seus elos eram dimensionados para aguentar o peso sobre a ponte, feita com 16 correntes de ferro fundido cada uma com 2.538 elos; Em 1940 as correntes de ferro foram substituídas por correntes de aço. O tabuleiro da ponte foi todo feito em madeira e depois substituídos CLIFON BRIDGE, ISAMBARD KINGDOM BRUNEL - 1864 Suspensa a aproximadamente 100 metros acima da lâmina do rio Avon, tinha 412 metros de extensão e 214 de vão. Feita de correntes de ferro fundido foi interrompida em 1843 por falta de verba, a ponte não possuí um “cabeceira .ˮ As correntes de uma ponte sobre o Tâmisa sofram entregues para a construção da Clifon; Os pilões daponte não são idênticos, sua correntes são apoiadas sobre roldanas para moverem livremente; A parte central da ponte é a parte mais bonita da ponte; A construção da ponte foi feita de forma suspensa, os cabos são conectados ao maciço rochoso em RESUMÃO 7 cada uma das extremidades da ponte e então encordoados sobre os pilares. A plataforma da ponte é conectada aos cabos principais suspensos por cordas ou varas verticais. O peso da plataforma é transformado em tensão nos cabos principais. Ao correrem os cabos pelos pilares, este esforço é transferido para os pilares sob forma de compressão vertical; nas extremidades dos cabos, a tensão é equilibrada pelo esforço de ancoragem do solo. VIADUTO DE GARABIT, GUSTAVE EIFFEL -1882/1884 Construída para a passagem de trens de carga, a ponte foi feita toda vazada de forma treliçada, tem extensão de 565 metros e 165 metros de vão. O vão da ponte, em forma de arco, foi construído a partir dos pilares e se forma suspensa. A ponte precisava ser bastante rígida para aguentar o peso tanto do trem quanto das cargas que seriam transportadas, para isso era necessário que os furos de junção das duas metades do arco correspondessem exatamente para permitir a chaveta; é um elemento de máquina para manter um eixo fixo a outros componentes. Normalmente é feita a partir de uma barra quadrada e usinada para encaixar no rebaixo do eixo e do componente de transmissão. Desenho de Chavetas RESUMÃO 8 BROOKLYN BRIDGE, FAMÍLIA ROEBLING - 1870/1883 Iniciada por John Roebling e finalizada por sua nora Emily Warren Reobling, a Brookilyn Bridge tem extensão de 1883 metros e um vão central de 486 metros. A ponte foi pioneira no uso de cabos de aço. Possuí ogivas em suas cabeceiras; Na época da sua inauguração foi considerada a maior ponte suspensa do mundo, seus tabuleiros eram de chapa metálica. Devido à elevação do vão acima do East River e às margens relativamente baixas, o resto da ponte, descendo até o nível do solo, estende-se bastante para o interior em ambos os lados do rio. USO DE FERRO EM ESTAÇÕES FERROVIÁRIAS As Estações Ferroviárias na época foram construídas para conectas os extremos das cidades com o centro ou com os polos de indústria. Foram campos de teste para as técnicas de construção com ferro. A primeira estação ferroviária foi a de Crown Street, em Liverpool 1830 atribuída a George Stephenson mas por ser muito longe do centro da cidade, 6 anos depois foi construída outra e a estação passou a ser utilizada apenas de terminal de carga. EUSTON STATION, CHARLES FOX - 1837 RESUMÃO 9 Localizada na cidade de Londres, a Euston Station possuía estrutura metálica que seguram a cobertura e pilares de ferro fundido. A estação ficava no fim da linha e era bem pratica em si, já sua entrada possuía estética neoclássica, a partir de um pórtico. Tinha entrada para as carruagens, uma plataforma de embarque e uma de desembarque. A extensão dos dois telhados (das águas), totalizam 25X60 metros de comprimento. A estrutura da cobertura era composta por barras de ferro forjado e conectadas por meio de furação nas extremidades das barras e montagem com parafusos. KINGS CROSS STATION, LEWIS CUBITT - 1851/1852 Situada na cidade de Londres também possuía duas plataformas, ema de embarque e uma de desembarque. Possuía arcos de madeiras apoiadas em mísulas de ferro forjado fixas ás paredes de alvenaria, o arco tinha um vão livre de aproximadamente de 31 metros. A Kings Cross ficava paralela a St. Prancas Station. Curiosidade: a plataforma do Harry Potter fica localizada na Kings Cross). RESUMÃO 10 ST. PANCRAS STATION,WILLIAM HENRY BARLOW E ROWLAND M. ORDISH - 1863/1865 Construída do lado da expansão da malha ferroviária de Londres, em uma área de sub habitação. Arcos foram fixos na laje de piso da qual está apoiada em um bosque de colunas de ferro fundido (no subsolo, que era um deposito de malte). Com aproximadamente 73 metros de vão livre com a extensão da área de embarque e desembarque de 210 metro. USO DO FERRO EM ESTUFAS Na segunda metade do século XIX, estufas na escala do Palácio de Cristal surgiram em toda a Europa, crescendo cada vez mais elaboradas em forma e detalhes. Servindo como “uma forma dos ricos se enfeitarem e das universidades fazerem pesquisasˮ elas eram uma forma de apresentar ideias e projetos para o mundo. A principio se evitou o uso de ferre devido à alta condutividade térmica que pudesse resultar em uma condensação de água em sua superfície. ESTUFA DOS JARDINS DE CHATSWORTH, JOSEPH PAXTON - 1836/1841 Localizado em Derbyshire, os Jardins de Chatsworth eram cuidados pelo arquiteto e jardineiro Joseph Paxton, que ficou conhecido pela a criação do Cristal Palace. RESUMÃO 11 O edifício tem 84 m de comprimento por 37 m de largura. Possui nave central com 19 m de altura ladeada por duas naves laterais inferiores. O telhado é feito de madeira e vidro. O envidraçado é plissado, constituído por painéis de vidro de 1,20 m de comprimento, suportados por nervuras formadas por um conjunto de ripas de madeira. As nervuras são sustentadas por vigas de ferro apoiadas em colunas de ferro fundido. Uma galeria contorna a nave central no nível superior das naves laterais. A parte mais alta da estufa ficou reservada para as palmeiras. A Lily House foi uma pequena estufa feita por Paxton para para abrigar um lago de Vitórias Regias, no palácio do duque de Deveonshire (no exemplar de cima); ESTUFA DO JARDIM BOTÂNICO REAL DE KEW, DECIMUS BURTON E RICHARD TURNER - 1844/1848 A Palm House (como ficou conhecida a estufa) foi desenhada pelo arquiteto Decimus Burton e construída pelo especialista em ferro forjado Richard Turner entre 1844 e 1848, sendo o primeiro grande edifício a ser construído recorrendo ao ferro forjado como principal material estrutural. Tinha um volume central de 30 metros e 22 metros de altura com uma extensão aproximada de 100 metros. O pavilhão era inteiramente de ferro e vidro e com passadios de RESUMÃO 12 madeira, possuía alguns tuneis de passagem, saída de fumaça e transporte de carvão (os tuneis eram para insuflamento da fumaça das vagonetas de carvão que faziam o micro clima da estufa). EXPOSIÇÕES UNIVERSAIS/PAVILHÕES DE EXPOSIÇÕES A ideia que presidia tais eventos era a de um mundo único, interligado pelo comércio e pela ciência, que não via limites ao desenvolvimento e ao progresso da civilização. Esses eventos eram responsáveis pela circulação de mercadorias e ideias do novo mundo que se abria sob a liderança europeia e norte-americana. Durante meses os pavilhões mostravam a pessoas do mundo todo uma síntese do que se produzia, pensava e vivia nos países ali representados. Para esses eventos era preciso se ter estruturas que fossem fáceis de montagem e desmontagem, então os pavilhões foram campos de teste para as técnicas de construção com ferro. PAVILHÃO DA 1° EXPOSIÇÃO UNIVERSAL DE LONDRENS - 1851 Em março de 1850 foi lançado um projeto de pavilhão para a exposição universal, possuía uma comissão julgadora com diversos arquitetos e engenheiros onde 245 projetos foram submetidos porém a comissão decidiu elaborar um próprio projeto. CRYSTAL PALACE, PROJETO ORIGINAL DE JOSEPH PAXTON COM MODIFICAÇÃO - 1851 RESUMÃO 13 O projeto para o Crystal Palace foi modificado por Charles Barry, era um enorme pavilhão de madeira, vidro e ferro. Tinha como objetivo ser um “mercado/ponto de comércio ,ˮ foram acolhidos mais de 14 mil expositores vindo de todos os cantos do mundo, tinha 564 metros de comprimento e um altura aproximadamente de 33 metros. O projeto original não tinha a nave central que no projeto final teve. A nave central atravessava todo pavilhão cortando a “tripaˮ que continha no projeto original do Paxton, a nave central tinha uma abóbada que permitiu que fossem preservadas as árvores que tinha no terreno do projeto. A área de vidro daabóbada tinha aproximadamente 83 mil metros quadrados. Os vão maiores da estrutura eram de ferro forjado e os vão menores de ferro fundido, foram aproximadamente 3.500 toneladas de ferro fundido para as colunas de seção oca e vigas treliçadas de pequenos vãos e aproximadamente 530 toneladas de ferro forjado para vigas treliçadas de vãos maiores. A cobertura era de duas águas disposta em escama de peixe, as colunas funcionavam de tubo de queda dʼágua, a madeira usada foi madeira industrial/laminada, a lamina de vidro modulada era de 1,20 X 0,25. Foi montada em quatro meses e depois de terminada a exposição foi remontada em outro local mas acabou pegando fogo. RESUMÃO 14 Foi cartão postal de Londres, onde a Rainha Vitoria foi na inauguração do Crystal Palace. EXPO PARIS, COMEMORAÇÃO DO CENTENÁRIO DA REVOLUÇÃO FRANCESA - 1889 A Exposição foi realizada para comemorar o 100.º aniversário da Tomada da Bastilha, que marcou o início da Revolução Francesa, e também foi vista como uma forma de estimular a economia e tirar a França de uma recessão econômica. O evento atraiu 61 722 expositores oficiais, dos quais vinte e cinco mil eram de fora da França. A exposição cobria uma área total de 0,96 km². Calcula-se que cerca de 32 milhões de pessoas visitaram a exposição, que incluía o Palácio das Belas Artes e o Palácio das Artes Liberais. A Torre Eiffel foi usada como pórtico (entrada) do parque de exposição, utilizando os quatro arcos como arcos do triunfo (bem francês), a Torre era a porta de entrada envolta de corpo (jardim). Na época da construção da Torre ela foi muito discutida porque sua altura tiraria o foco da Catedral de Notre Drame. A Torre possuí 4 grandes fundações de concreto, foi feita em partes de ferro forjado, o aço foi utilizado em algumas ligações necessárias, e seu arcos são meramente de enfeites (sem valor estrutural). A superestrutura da Torre se assenta sobre quatro sapatas de concreto maciço de aproximadamente 2.10 metros de espessura. As sapatas que estão mais RESUMÃO 15 próximas do rio Sena estão aproximadamente 8 metros mais afastadas, sobre cada uma delas estão construídos pilares de aproximadamente 7.5 X 7.5 metros, solidarizados entres si por barras de ferro forjado de aproximadamente 10 centímetros (bitola). Foram consumidos em média 7300 toneladas de aço/ferro na torre. Outro prédio importante no parque de exposições em Paris foi a Galeria das Máquinas. A Galeria tinha vão- livre de 115 metros e uma altura máxima de 43 metros. Possuía uma área coberta de aproximadamente 8 Ha (hectares), com pouco vidro para que não ficasse muito quente, tinha arcos de seção oca executados de chapas e cantoneiras de ferro forjado rebitados. Dentro do complexo tinha pontes rolantes que serviam para que as pessoas vissem os estandes de cima. Toda a estrutura era segurada por pé com roletes de aço, a estrutura era toda treliçada trianguladas (de forma isostática). A exposição foi desmontada em 1910. RESUMÃO 16 EXPO CHICAGO, EM COMEMORAÇÃO AOS 400 ANOS DA CHEGADA DE CRISTOVÃO COLOMBO - 1893 *O professou não fechou a passar sobre mas disse em sala. A Feira Mundial de Chicago foi uma grande exposição pública internacional ocorrida nos Estados Unidos, no ano de 1893, na cidade de Chicago, para celebrar os quatrocentos anos da chegada de Cristóvão Colombo ao Novo Mundo, em 1492. A principal atração da feira era uma grande piscina, que representava a longa viagem de Colombo à América. Teve influência social e cultural com efeitos profundos na arquitetura e no otimismo industrial norte-americano, como também no saneamento, nas artes e na imagem de Chicago. Daniel Burnham e Frederick Law Olmsted foram os responsáveis pela maior parte dos projetos. O protótipo de Burnham e seus colegas indicava como uma cidade deveria ser, seguindo os princípios de belas- artes de design, conhecidos como arquitetura neoclássica, que são baseados em simetria, balanceio e esplendor. A exposição cobriu mais de 600 Ha (hectares) de área, com cerca de duzentas construções temporárias de arquitetura predominantemente neoclássica, canais e lagoas, além de pessoas e culturas de quarenta e seis países diferentes. CONSUMO MASSIVO SÉC. XIX Sem sombra de dúvidas é fato que a Revolução Industrial repercutiu não só na dinâmica empresarial, como também nos hábitos de consumo da sociedade pois houve o aumento significativo de oferta de produtos e serviços em larga escala nas indústrias. Ao lado desse crescimento surgiu a publicidade como mecanismo apto a despertar novos hábitos de consumo na sociedade, fazendo RESUMÃO 17 nascer o interesse na aquisição de bens permitindo o escoamento de grande produção advinda das indústrias. GALERIAS COMERCIAIS Primeiros casos de agrupamento de pequenas lojas ao longo de passagens cobertas por estruturas de metal e vidro datam do final do séc. VXIII em Paris (por volta de 1770. Pelos anos 20 de séc. XIX o tipo já estava bastante difundido. Uma das primeiras passagens foi a Passage du Caire, em Paris. Construída em 1798 possuí 370 metros de extensão e 2.60 metros de largura, foi feita em homenagem a conquista de Napoleão sobre o Cairo. Hoje em dia ela não está tão conservada quanto outros exemplares, ela se junta com mais outras duas passagens. Outro exemplar considerado uma das primeiras passagens e a Passage des Panoramas, de 1799, também em Paris. Diferentemente da Passage du Caire ela se manteve bem conservada até os dias de hoje. Em 1816 foram instaladas as primeiras iluminações a gás, no começo possuía duas cúpulas na entrada, e tem duas fachadas de vendas com cobertura de vidro. O objetivo dessas galerias era aumentar o m², principalmente do comercio. A fama das galerias aumentou por serem locais limpos e atraiam seus visitantes pela a facilidade de se abrigarem do tempo. Eram incubadoras dos recursos técnicos da época e muitas inovações testadas/criadas nesse período. ROYAL OPERA ARCADE, JOHN NASH - 1818 Passage du Caire Passage des Panorama RESUMÃO 18 Assim como a Passage des Panoramas, o Royal Opera também utilizou de iluminação a gás (que posteriormente foi trocada), mas também utilizava da iluminação zenital. O nome se dá a entrada da Opera que é voltada para a passagem, hoje em dia ela é pouco utilizada porém ainda contém seu formato original. Concluído em 1816, o Royal Opera Arcade antecede seu primo mais conhecido, Burlington Arcade em Piccadilly, em três anos. Para os ricos, simbolizava o surgimento das compras como uma atividade de lazer – e não mais como uma tarefa assumida pelos funcionários. BURLINGTON ARCADE, SAMUEL WARE - 1819 RESUMÃO 19 Possuía duas fachadas de lojas em dois andares e fazia ligação com o Piccadilly e os Burlington Gardens. Também possuía iluminação zenital e foi quase destruída por um incêndio em 1836, quando várias lojas foram destruídas, em 1871, e em 1936, quando a arcada foi saqueada. GALERIA VITTORIO EMANUELE, GIUSEPPE MENGONI - 1865/1875 A Galeria Vittorio Emanuele é o metro quadrado mais caro de Milão, com aproximadamente 30 metros de altura com estrutura de ferro forjado. Faz ligação com outras duas ruas, uma delas voltada para a Catedral e a outra para a Casa de Opera (planta em cruzeiro). Possuí duas cúpulas envidraçadas com estrutura de metal. No terreno octogonal central, encontram-se quatro mosaicos representando os brasões das três capitais do Reino da Itália Turim, Florença e Roma) mais o de Milão. GALERIA UMBERTO I, EMANUELE ROCCO - 1887/1890 RESUMÃO 20 A Galeria Umberto I fica em Nápoles, e tem o mesmo partido cruciforme da Vittorio Emanuele. Por ser em Nápoles, que é menor que Milão, é ligada a ruas menores, o teto de vidro e ferro com abobadas e uma cúpula central de 56 metros. A galerias na época eram ilhas de civilização da vida urbana, quando se fecha essas galerias a vida urbana morre. LOJAS DE DEPARTAMENTOS A RevoluçãoIndustrial desencadeou a produção e o ciclo de varejo autossustentável. Quanto mais bens eram produzidos, mais produtos havia para vender, o que aumentou a atividade comercial e deu à classe média em expansão mais dinheiro para gastar, criando uma demanda por mais produtos. Daí a criação das lojas de departamentos, que serviam como “pequenos parques de exposições .ˮ Nessa época as propagandas publicitarias foram ficando ainda mais fortes. AU BON MARCHÉ, LOUIS CHARLES BOILEAU - 1869/1872 A Bon Marché foi idealizada pelo Aristide Boucicaut e sua esposa como o pensamento de ser um novo tipo de loja que despertasse todos os sentidos. Hoje em dia a loja é propriedade da holding brand Louis Vuitton. Tem aproximadamente 5 Ha (hectares) de área de loja com grandes claraboias de vidro e ferro (quase como uma versão moderna dos salões dos palácios barrocos). RESUMÃO 21 Essas lojas de departamento eram voltados para a classe média alta da sociedade que tinha uma seção de alta costura; Nos anos 20 sua fachada foi revestida em pedra. As lojas de departamento serviam também como passagem, NÃO ERA O OBJETIVO PRINCIPAL, dentro da loja possuía programação para as crianças, sala de leitura para os cavalheiros e também possuía alojamentos paras funcionarias solteiras (tinha muitos funcionários, principalmente mulheres); MERCADOS (GÊNEROS ALIMENTÍCIOS) LES HALLES CENTRALES, VICTOR BALTARD - 1851/1858 Napoleão III Haussmann) rejeitou o projeto inicial do arquiteto – um edifício de pedra com telhado de ferro – por considerá-lo muito pesado e tradicional (o imperador supostamente exclamou: “São guarda-chuvas enormes que eu quero, nada mais!ˮ). O projeto final foi audacioso e totalmente moderno: dez pavilhões maciços, mas leves, construídos em ferro (ferro fundido) e vidro. Possuía 9 Ha (hectares) com ruas cobertas e descobertas com aparência de fortaleza em escala de cidade. PRÉ-FABRICAÇÃO METÁLICA DO SÉC. XIX RESUMÃO 22 No século XIX, a pré-fabricação em ferro fundido já era uma realidade na Europa, ao passo que as cidades aumentavam as suas superfícies e as suas populações no mesmo ritmo veloz da implantação dos sistemas de abastecimento dʼágua, esgotamento sanitário e iluminação pública, dos caminhos ferroviários e das rodovias e dos grandes equipamentos urbanos. Os Estados Unidos saíram na frente. 1° PRÉDIO DE CAST IRON, EM NEW YORK - JAMES BOGARDUS 1851 O prédio foi considerado o primeiro prédio de ferro fundido, e foi considerado tão elegante quanto o Crystal Palace, sua fachada era industrial mas a planta era de alvenaria. A característica mais marcante do edifício descrito na patente de Bogardus é a sua construção em estrutura composta por vigas horizontais inseridas em entablamentos moldados em forma de canal e sustentados por semicolunas dóricas gregas atenuadas. O espaçamento dos vãos exteriores foi determinado pelo tamanho das aberturas das janelas e não pela moldura interior. E. V. HAUGHWOUT BUILDING, PROJETO DE JOHN P. GAYNOR - 1857 RESUMÃO 23 Com cinco andares, localizado em SoHo, em Manhattan. Diferentemente do outro exemplar aqui a estrutura era metálica o que tornou o prédio pioneiro de estrutura metálicas. Com 24 metros de alturas era loja de artigos do lar, foi o prédio com o primeiro elevador de pessoas Elisha Otis foi quem criou o mecanismo que protegiam as pessoas de queda e perigos), no subsolo ficava a maquina a vapor que funcionava o elevador. Na época foi publicado um livro onde se tinha várias modulações de fachada (do Daniel D. Badger), um exemplo é a fachada de uma loja SoHo - que foi tirada toda desse catálogo. ESCOLA DE CHICAGO A Escola de Chicago foi um marco histórico na arquitetura, surgiu com as primeiras fachadas contínuas, com a repetição de elementos padrão, isto é, sem muitas variações, mais ou menos tal como conhecemos hoje com janelas igualmente repetidas ao longo dos pavimentos e aspecto de bloco no volume do edifício, que ficou conhecido como Estilo Comercial. Esta padronização possibilitou um erguimento mais prático, e portanto, mais rápido dos edifícios. Além disso, abriu a possibilidade de uma nova divisão do peso da construção, aumentando o gabarito. A CIDADE DE CHICAGO RESUMÃO 24 Em 1804 foi fundado o forte que deu origem a cidade de Chicago, já em 1830 a cidade foi ganhando forma com uma retícula ortogonal que foi loteada uma milha quadrada junto à foz do rio. Chicago na época fazia muitas exportações de kits de construções de madeiras, tanto que a cidade em sua grande maioria era construída de madeira (wood frame/ballon frame) que era o ponto principal da arquitetura estadunidense. Em 1871 houve o Grande Incêndio que prejudicou principalmente o centro da cidade, o miolos das casas eram de madeira enquanto a casca era de tijolo. A reforma do centro da cidade foi campo de teste para a implantação da verticalização, que colaborou para o aumento do metro quadrado, que por ser no centro era o mais caro de Chicago. Loop de Chicago era o distrito comercial central de Chicago que atualmente o segundo maior centro comercial do mundo. TÉCNICAS DE CONSTRUÇÃO DA ÉPOCA: A cada pavimento que o prédio ganhava as paredes dos primeiros pavimentos, que eram usadas de paredes portantes, aumentavam de espessura. Já as fundações era feita a partir de tubulões enormes que chegavam até os lençóis freáticos Chicago Caisson. Também se usou bastante os elevadores. FIRST LEITER BUILDING, BARON JENNEY - 1879 O First Leiter Building construção mista, onde as colunas de ferro fundido e fachadas de ferro forjado apoiadas em alvenaria. O edifício marcou um marco Chicago Caisson RESUMÃO 25 significativo na engenharia arquitetônica: combinou, pela primeira vez, quatro elementos essenciais de um arranha-céu moderno em um único edifício. Eram eles: sua grande altura Leiter I tinha originalmente cinco andares de altura e logo depois foi ampliado para sete andares); uma estrutura esquelética de ferro; materiais à prova de fogo de terracota em todos os seus membros estruturais; e, transporte vertical via elevadores. HOME INSURANCE BUILDING, BARON JENNY - 1885 Pioneiro no uso de esqueleto metálico, tinha como objetivo ser prédio comercial. Os conjuntos de elevadores/elevadores eram parte importante da estrutura pois traziam rigidez para o prédio. Foi utilizado do 1° ao 6° pavimento foi usado fundido, nos demais foi utilizado aço. O edifício pesava um terço do peso de um edifício de alvenaria e as autoridades municipais ficaram tão preocupadas que interromperam a construção enquanto investigavam a sua segurança. Em abril de 1929, o edifício foi relatado como tendo uma taxa de ocupação de 90 por cento, RESUMÃO 26 em comparação com uma taxa de ocupação do distrito financeiro circundante estimada em 96 por cento ou mais RELIANCE BUILDING, CHARLES BOWLER ATWOOD - 1894 O prédio tinha objetivo conceber prestação de serviços, foi considerado bastante esbelto/frágil para um prédio. O prédio era todo em vidro e metal e apenas 15% não era de vidro e metal, na época o vidro estava barato, no centro foram usados folhas de 2 metros já nas laterais foram usados caixilhos móveis. O revestimento era cerâmico, com planta baixa livre dava liberdade total de layout não possuía paredes portantes. Igual ao exemplo anterior as caixas de elevadores também servem de elemento de rigidez estrutural, as colunas e vigas são de chapa de aço rebitados, com conexões também rebitadas. HENRI LABROUSTE - 1801/1875 RESUMÃO 27 Henry Labrouste foi um arquiteto francês da famosa escola de arquitetura École des Beau-Arts, foi considerado inovador dentro do contexto de caráter arquitetônico, ele se tornou conhecido por seu uso de construção com estrutura de ferro e foi um dos primeiros a perceber a importância de seu uso. BIBLIOTECA STE. GENEVIÈVE, LABROUSTE - 1838/1850 Foi considerado bastante esbelto pela sua solidez,Labrouste foi o primeiro a usar estrutura metálica em construções consideradas nobres (bibliotecas eram construções nobres). Possui planta funcional, com saguão e escadaria (escadaria nobres). Sua estrutura é segurada o rebaixo do teto. A sala de leitura era dividida em duas naves. As nervuras sustentam as duas abobadas, que são de metal esmaltado. Aqui os tubos não são usados como queda dʼágua, no pavimento superior o peitoril da janela era bastante alto. O plano do prédio é um retângulo longo e estreito. No piso térreo há uma livraria, uma sala de livros e administração raras. O primeiro andar é a sala de leitura, separada por dois corredores com uma linha de colunas de ferro fundido apoiando os arcos do telhado. A fachada neo-renascentista italiana é constituída com arcadas (janelas arqueadas) e planos em serie (repetidos) no piso térreo e uma série de arcadas maiores que iluminam a sala de leitura; abaixo deles há pequenas aberturas retangulares que permitem que a segunda linha de prateleiras seja ventilada dentro de um pequeno corredor naquele momento, para uma maior recirculação de ar; a fim de manter a umidade dos livros constante. BIBLIOTECA NACIONAL DE PARIS, LABROUSTE - 1857/1867 RESUMÃO 28 Na Biblioteca Nacional o arquiteto fez um uso extensivo do ferro que sustenta uma estrutura de alvenaria. O espaço mais notável é a sala de leitura, povoada por finas colunas com os seus capitéis coríntios e cúpulas com claraboias envidraçadas que, elevando-se a mais de nove metros do solo, são o meio difusor de luminosidade no interior da sala. Tal como a sala de leitura, a sala de reservas é outra realização notável ao nível da cobertura, concebida inteiramente com vidro, provocando a penetração da luz difundida depois pelas claraboias do pavimento. O ferro aliado ao vidro concede a estes espaços um efeito notável. Planta de partido basilical, com colunas metálicas e cúpulas metálicas, com 9 colunas metálicas cada uma segurando um óculo e suas nervuras apoiadas nas alvenarias; As janelas da sala de leitura eram voltadas para o pátio interno, também possuía aberturas zenitais e janelas de clerestorios, na fachada;