Leia atentamente a reportagem do portal G1 de 22/02/2021. Ela aborda mostra como a questão da infraestrutura de transporte exerce influência na eco...

Leia atentamente a reportagem do portal G1 de 22/02/2021. Ela aborda mostra como a questão da infraestrutura de transporte exerce influência na economia dos Estados. Mato Grosso, que é o estado brasileiro com a maior produção de soja, voltou a conviver com a dificuldade de escoamento da safra pelas estradas. A colheita de soja ainda está no começo em Mato Grosso. Até agora atingiu 34,5%. Na região nordeste do estado, um dos principais desafios é transportá-la. Desde que as chuvas se intensificaram, a BR-158 tem filas de caminhões carregados de soja. Cerca de 2 mil precisam passar por ali por dia. A rodovia tem 800 km em Mato Grosso. Desses, 120 km não são asfaltados porque passam em uma terra indígena. A construção do trecho contornando a reserva é uma antiga reivindicação do povo xavante, que teme que uma estrada asfaltada na Terra Indígena Marãiwatsédé atraia grileiros. O DNIT traçou um contorno para evitar a travessia pela área. Metade da rota já foi licitada; a outra está em estudo. Mas a obra depende ainda de recursos do orçamento. A rodovia federal é um dos principais corredores do transporte de grãos de Mato Grosso até os portos do Pará. A lentidão causada pelas más condições da estrada provoca congestionamento no porto de Miritituba, no Pará. Mato Grosso é o maior produtor de soja do país e a região nordeste do estado produz quase 20% dela. O problema da estrada se arrasta há anos e não acompanha o avanço da produção agrícola. A colheita de soja e o plantio de milho ocorrem ao mesmo tempo. Mas quando esbarram na infraestrutura, o resultado é de perda. Além do transporte dos grãos, os produtos de soja que vão para mercados internos também têm prejuízo por causa da entrega. Numa indústria de óleo e farelo de soja, que fica ao lado da BR-158, faz uma semana que o pátio está com 40 caminhões parados. “Está gerando por dia prejuízo na ordem de R$ 1,5 milhão. Por que é esse prejuízo? Os caminhões estão carregados de produto para levar para os clientes da indústria e não podem trafegar, e a empresa deixa de faturar porque não consegue entregar o seu produto e o prejuízo maior ainda é quando o cliente cancela o contrato porque não recebe o produto. Então, minha gente, o prejuízo aqui é grande”, diz o empresário Ernando Cardoso. O DNIT e o governo de Mato Grosso declararam que mandaram equipes para abrir desvios e ajudar a desatolar os caminhões. A reportagem traz diversas questões importantes no que diz respeito aos transportes. Analise as assertivas a seguir: I. A construção de vias de transporte ensejam quase sempre grandes obras e impactos relevantes no meio ambiente. No caso em estudo, fica claro que a rodovia não passou por obras de melhoramento devido aos problemas que pode trazer aos índios, caso seja construída. II. Este é um exemplo muito claro de que a falta de infraestrutura adequada de transporte pode frear o desenvolvimento de uma área e até de uma região inteira. Uma forma de resolver o problema seria a construção de uma linha férrea que atendesse às demandas desse corredor de transporte de cargas. III. Vemos que o desfecho é quase sempre com ações paliativas, como desatolar os caminhões que se encontram presos. O planejamento da infraestrutura dos transportes nas rodovias federais e de responsabilidade dos Estados, que devem traçar suas metas de longo, médio e curto prazo. IV. Um aspecto muito importante a ser considerado é o tipo de carga a ser transportado, no caso dos grãos, como a soja, a forma mais adequada é o modo rodoviário, que permite o transporte porta a porta.