O texto apresenta uma reflexão sobre a novela, gênero literário que ocupa uma posição de menor destaque em relação ao conto e ao romance. A novela é identificada com as manifestações populares de cultura e corresponde a um desejo de aventura e fuga realizado com o mínimo de profundidade e o máximo de anestésico. O texto aponta que a novela não se detém no exame da vida e apenas se preocupa com o pitoresco que seduz e desaparece de pronto. Além disso, a novela ilude e mistifica por obrigar todas as situações a se enquadrarem num andamento acelerado, cheio de pitoresco, que não pode ser o da vida diária. Por outro lado, estando mais próxima da vida cotidiana por seus ‘ingênuos’ e vulgares expedientes, torna-se, por vezes, fotografia da realidade subjetiva do leitor a quem se dirige.
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