Sobre Literatura Comparada e Interdisciplinaridade, o dialismo, a intertextualidade, a estética da recepção, a crítica genética têm reorientado os ...
Sobre Literatura Comparada e Interdisciplinaridade, o dialismo, a intertextualidade, a estética da recepção, a crítica genética têm reorientado os estudos da literatura comparada. Neste contexto, a crítica Contemporânea: Questiona o sentido primacial em fontes primárias como raízes exclusivas de aplicação do texto: a velha discussão de quem vem primeiro sempre deve ser discutida. A marca do olhar do crítico estudioso da marginália é o descentramento. Desvencilha-se da obsessão exclusiva com o “texto” no seu sentido estrito, voltando-se também para os seus “arredores”, trazendo à frente da cena os rascunhos, as anotações, as sublinhas, a correspondência do autor, as fotos, enfim, a marginalia. A memória do autor é permeada de citações, leituras anteriores, que são apreendidas por Piaglia e tomam forma de memória pessoal. Este acrescenta, dessa forma, o tradicional vínculo entre inspiração e escrita e concebe o ato criador como entrecruzamento de textos. Portanto, o escritor deve ser, apenas um escritor, ou seja, deve conhecer a tradição, para melhor combatê-la. Podemos dizer, portanto, que a atitude dos escritores é de agressão ao modelo, como postula Silviano Santiago em “O entre-lugar do discurso latino-americano”.
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