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Criado pelo quadrinista Alan Moore em 1986, o Doutor Manhattan é um dos protagonistas de Watchmen, uma das obras mais ricas e complexas da Literatu...

Criado pelo quadrinista Alan Moore em 1986, o Doutor Manhattan é um dos protagonistas de Watchmen, uma das obras mais ricas e complexas da Literatura contemporânea. Na trama, antes conhecido como Jon Osterman, Manhattan é uma criatura semidivina que conquistou seus poderes quando se envolveu em um acidente laboratorial envolvendo partículas subatômicas. Alan Moore por vezes afirmou que o personagem era uma espécie de conjunção entre as Ciências Humanas e as Ciências Exatas. Para que esta ponte fosse estabelecida, o escritor determinou que a consciência de Manhattan seria, em essência, onisciente. Em decorrência do acidente envolvendo elementos da Física Quântica, o personagem não perceberia o tempo em uma perspectiva linear. Para ele, todas as épocas humanas se sobreporiam em uma "memória coletiva". Em uma das últimas edições de Watchmen, Manhattan desabafa: “Eu não posso evitar o futuro. Pra mim, o futuro já está acontecendo. (...) No fim? Nada chega ao fim, na verdade. Nada nunca acaba. (…) Eu consigo ver morte, eu consigo ver destruição e eu me sinto diretamente responsável por tudo isso”. Alan Moore nasceu em 1953, no início da Segunda Geração da Escola dos Annales. Este período da teoria analítica também foi berço de uma nova interpretação do tempo, que considerava que os fatos históricos se posicionavam simultaneamente em uma tripla duração. Essa concepção teórica era uma oposição direta à ideia de “tempo progressivo” proposta pelo Positivismo, e claramente inspirou Moore na composição de seu personagem. Sobre a Tripla Duração, analise as afirmativas abaixo: I. O tempo do contexto e da conjuntura é conhecido como “média duração”. II. A longa duração é um intervalo de tempo que, dentro da historiografia, costuma durar entre dez e cinquenta anos. III. A historiografia contemporânea costuma adotar a tripla duração e a trabalhar com a ideia de fatos, contextos e influências em comunhão. IV. O tempo do acontecimento é conhecido como “curta duração”. É, segundo alguns historiadores, um tempo “ilusório”, que nos diz muito pouco sobre o contexto. V. A historiografia contemporânea ainda prioriza o tempo da curta duração, pois a determinação de datas, personagens e locais é imprescindível a qualquer análise. Está correto apenas o que se afirma em: Alternativas Alternativa 1: IV, apenas. Alternativa 2: I e III, apenas. Alternativa 3: II e V, apenas. Alternativa 4: I, III e IV, apenas. Alternativa 5: II, III e V, apenas.

Respostas

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A alternativa correta é a 4: I, III e IV, apenas. Explicação: - A afirmativa I está correta, pois o tempo do contexto e da conjuntura é conhecido como "média duração". - A afirmativa II está incorreta, pois a longa duração é um intervalo de tempo que, dentro da historiografia, costuma durar mais de cinquenta anos. - A afirmativa III está correta, pois a historiografia contemporânea costuma adotar a tripla duração e a trabalhar com a ideia de fatos, contextos e influências em comunhão. - A afirmativa IV está correta, pois o tempo do acontecimento é conhecido como "curta duração" e é considerado por alguns historiadores como um tempo "ilusório", que nos diz muito pouco sobre o contexto. - A afirmativa V está incorreta, pois a historiografia contemporânea prioriza a longa e a média duração, e não a curta duração.

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