1. Não podemos afirmar que Juliana Goes Pereira responde pelos débitos trabalhistas do restaurante BIBI, pois ela se retirou da sociedade antes da reclamação trabalhista ser protocolada. O Art. 10-A da Lei 13.467/2017 estabelece que o sócio retirante responde subsidiariamente pelas obrigações trabalhistas da sociedade, desde que a sua saída tenha ocorrido até dois anos antes da propositura da ação. Como Juliana saiu da sociedade em 15/05/2021 e a reclamação trabalhista foi protocolada em 14/10/2022, ela não pode ser responsabilizada. 2. a) A responsabilidade do sócio retirante é subsidiária, ou seja, ele só será responsabilizado pelas dívidas da sociedade se ela não tiver bens suficientes para quitar as obrigações trabalhistas. Já a responsabilidade solidária é quando o sócio responde juntamente com a sociedade pelas dívidas trabalhistas. b) No caso acima, dois princípios do Direito do Trabalho foram desrespeitados: o princípio da irrenunciabilidade de direitos e o princípio da alteridade. O primeiro estabelece que os direitos trabalhistas são indisponíveis, ou seja, não podem ser renunciados pelo empregado. No caso, Mariana Pinho de Gavião não poderia ter renunciado ao recebimento do 13º salário. Já o princípio da alteridade estabelece que o risco do empreendimento é do empregador, ou seja, ele deve arcar com os prejuízos e lucros do negócio. No caso, a alteração da função de Mariana sem seu consentimento violou esse princípio.
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