Quem Avalia e Quem é Avaliado? No panorama escolar (que influenciou fortemente as creches), a avaliação esteve muito vinculada (ou será que ainda e...

Quem Avalia e Quem é Avaliado? No panorama escolar (que influenciou fortemente as creches), a avaliação esteve muito vinculada (ou será que ainda está?) a instrumentos de punição e coerção. Os professores a utilizavam (geralmente, como prova) para o controle disciplinar da turma. Quem avaliava era o professor, e os avaliados eram somente os alunos. Na abordagem da avaliação formativa, ou seja, como norteadora da ação pedagógica, a avaliação é tecida a várias mãos, por todos os sujeitos envolvidos na trama. A linearidade de o professor avaliar é rompida. Surge um movimento cíclico que considera todos os sujeitos (crianças, famílias, professores, coordenadores, gestores e funcionários) o espaço e o contexto. Mas como os bebês e crianças pequenas podem avaliar? Avaliam quem? Como? Os bebês, desde muito cedo, descobrem sua capacidade de avaliar e elaborar estratégias. Avaliam situações, pessoas e se autoavaliam, enquanto se desenvolvem e descobrem seus próprios limites. Desde o útero, o bebê escuta sons e consegue diferenciar timbres de voz; após o nascimento, a capacidade de fazer a “leitura de uma situação ou pessoa” aumenta gradativamente. Passam, da sua maneira, a compreender e avaliar a postura do professor e a prática pedagógica por ele exercida. Sabe-se, porém, que não o farão verbalmente, mas mediante a linguagem própria dessa frase: por choro, riso, olhar e gesto. Cabe ao professor a interpretação dessas manifestações e a consideração delas para a reflexão, o planejamento, a autoavaliação e o replanejamento. É necessário, portanto, ter um olhar interrogativo e uma escuta atenta. Para aprender a escutar as crianças, deve-se “perseguir a compreensão de seus modos de sentir, pensar, fazer, perguntar, desejar, planejar” (BRASIL, 2009, p. 102). Os professores exercem um importante papel ao organizar formas de avaliar a criança, o grupo de crianças, a parceria com as famílias, o trabalho desenvolvido, autoavaliar-se e, ainda, avaliar os determinantes desse processo (espaço, tempo, rotina etc.). Cabe ressaltar a importância de dar voz aos que pensam e sentem as famílias; para tanto, os familiares devem participar ativamente da avaliação. Assim, chega-se a uma nova questão: Como exercer uma prática avaliativa que considere todos os sujeitos envolvidos? Primeiramente, deve-se considerar a necessidade de o registro assumir o importante papel da ação compartilhada de educar e cuidar de crianças. Mediante o registro, surgem diferentes formas de como acompanhar o desenvolvimento das crianças. A partir da leitura apresentada, pesquise sobre a importância do registro no processo avaliativo e como pode ser feito. Depois faça um texto dissertativo de no mínimo 10 e no máximo 15 linhas a partir de sua pesquisa. Ao final disponibilize seu trabalho no fórum da seção.