Buscar

Uma diferença fundamental das demais provas apresentadas no processo judicial em relação à perícia é que a elaboração da prova pericial vai se paut...

Uma diferença fundamental das demais provas apresentadas no processo judicial em relação à perícia é que a elaboração da prova pericial vai se pautar na absoluta isenção e técnica do profissional, enquanto as demais provas podem ‘trabalhadas’ para induzirem um determinado resultado. Além disso, as demais provas trazidas ao processo pelas partes podem versar sobre qualquer assunto, enquanto a perícia judicial só existirá quando a solução da lide necessitar de conhecimento técnico ou científico. Novamente ressalto que não existe hierarquia das provas, ou seja, nenhum meio de prova é mais importante que o outro no processo, mas, dentre os meios de prova admitidos no Brasil, não podemos ignorar o fato de que a perícia é o que menos pode ser influenciado por qualquer uma das partes. Exatamente por isso, ao perito nomeado pelo juízo, revestido da função de auxiliar da justiça, impõe-se a necessidade de trabalhar na construção da prova técnica do modo mais independente possível e, mais do que isso, tratar as questões com absoluto rigor técnico, mantendo-se equidistante dos interesses das partes. Assim, a perícia será elaborada por uma pessoa (ou grupo de pessoas) de modo a esclarecer tecnicamente os detalhes do objeto que está sendo periciado e, com isso, definir a solução mais adequada para aquela contenda. Sendo um profissional especializado no assunto, o perito vai explanar a questão da melhor maneira possível, demonstrando em detalhes de onde provém a aquela explicação. A transmissão dos conhecimentos do perito sobre o objeto da perícia, que elucidarão o juiz e os advogados do processo, deve ser procedida como se um professor explicasse aos seus alunos uma coisa que nunca viram. Para ilustrar a sua explicação, o perito pode utilizar-se de exemplos, simulações, figuras, desenhos, etc. Ou seja, pode ser utilizado em um laudo técnico pericial tudo que ajudará o leigo a entender o que está sendo explicado. Por isso, a linguagem do laudo deve seguir a capacidade de entendimento daqueles que são parte no processo e, por isso, não pode se utilizar demasiadamente de termos técnicos. Por fim, é preciso ressaltar que a perícia judicial é um direito das partes envolvidas no processo que somente será negada se a prova não necessitar de conhecimento técnico ou científico, for desnecessária em face de outras provas geradas no processo ou se demonstrar impraticável. Do mesmo modo, só haverá designação de perí

Essa pergunta também está no material:

00FORMAODEPERITOSJUDICIAIS_capa_isbn
286 pág.

Empreendedorismo Faculdade Campo Limpo PaulistaFaculdade Campo Limpo Paulista

💡 1 Resposta

User badge image

Ed Verified user icon

A elaboração da prova pericial vai se pautar na absoluta isenção e técnica do profissional, enquanto as demais provas podem ser 'trabalhadas' para induzirem um determinado resultado. Além disso, as demais provas trazidas ao processo pelas partes podem versar sobre qualquer assunto, enquanto a perícia judicial só existirá quando a solução da lide necessitar de conhecimento técnico ou científico. A perícia será elaborada por uma pessoa (ou grupo de pessoas) de modo a esclarecer tecnicamente os detalhes do objeto que está sendo periciado e, com isso, definir a solução mais adequada para aquela contenda. O perito deve trabalhar na construção da prova técnica do modo mais independente possível e tratar as questões com absoluto rigor técnico, mantendo-se equidistante dos interesses das partes.

0
Dislike0

✏️ Responder

SetasNegritoItálicoSublinhadoTachadoCitaçãoCódigoLista numeradaLista com marcadoresSubscritoSobrescritoDiminuir recuoAumentar recuoCor da fonteCor de fundoAlinhamentoLimparInserir linkImagemFórmula

Para escrever sua resposta aqui, entre ou crie uma conta

User badge image

Outros materiais