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Os custos indiretos são valores que não são identificados de forma clara e objetiva nos produtos a serem fabricados. Exemplo: vamos supor que a con...

Os custos indiretos são valores que não são identificados de forma clara e objetiva nos produtos a serem fabricados. Exemplo: vamos supor que a conta de energia elétrica de uma panificadora foi de R$ 2.000,00: na produção de 100 bolos, sendo 40 de chocolate, 10 de morango, 10 de nozes e 40 de baunilha, devido à falta de um apontamento que mede a quantidade de horas que a batedeira trabalhou para cada bolo, temos um custo indireto, ou seja, não sabemos dizer com precisão se o bolo de chocolate gastou mais energia elétrica do que o bolo de baunilha. Assim, todas as vezes que houver mais de um produto e um item de custo comum a todos, não sendo possível mensuração em cada um, de forma direta, teremos os Custos Indiretos de Fabricação (CIFs) ou Custo Indireto de Serviço (CIS). Para isso utilizamos o método de rateio. Existem inúmeros critérios de rateio que podem ser utilizados pela área de gestão de custos para alocar os custos indiretos de fabricação, porém, é necessário verificar quais critérios melhor se relacionam com os custos dos produtos. Portanto, é necessário o conhecimento detalhado do sistema de produção. O rateio é uma divisão proporcional através de informações conhecidas em cada uma das etapas que desejam calcular os custos. O rateio convencional é aquele que alocamos parcelas dos custos indiretos aos diversos produtos ou centro de custos. Conforme Leone (1997), as bases de rateio (critérios de rateio ou de bases de volume) são estabelecidas pela Contabilidade de Custos, após um trabalho de análise das atividades de cada setor, que faz com os responsáveis técnicos pelas operações fabris. As bases de rateio de custos mais comuns são as unidades produzidas, horas de máquinas, horas de mão de obra direta, custos dos materiais, quantidades de materiais, custos da mão de obra e transações ou atividades. A escolha vai depender das características do ambiente de produção, pois os cenários de produção são diferentes de empresa para empresa. A Contabilidade de Custos vai aplicar a base de rateio que combine com as operações, aquela que fornecer informações próximas da realidade referente a custos e aquela que for útil para a análise do desempenho das operações. Para Martins (1998), setores cujos custos sejam predominantemente fixos devem ser rateados à base de potencial de uso, e departamentos cujos custos sejam predominantemente variáveis devem ser rateados à base dos serviços realmente prestados. Se não houver predominância de um ou outro e o valor do custo total, em reais, for grande, pode haver um rateio misto.