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Achando-se o indiciado em lugar incerto e não sabido, será citado por edital, publicado no Diário Oficial da União e em jornal de grande circulação...

Achando-se o indiciado em lugar incerto e não sabido, será citado por edital, publicado no Diário Oficial da União e em jornal de grande circulação na localidade do último domicílio conhecido, para apresentar defesa. O prazo para defesa será de 15 (quinze) dias a partir da última publicação do edital; Considerar-se-á revel o indiciado que, regularmente citado, não apresentar defesa no prazo legal. A revelia será declarada, por termo, nos autos do processo e devolverá o prazo para a defesa. Para defender o indiciado revel, a autoridade instauradora do processo designará um servidor como defensor dativo, que deverá ser ocupante de cargo efetivo superior ou de mesmo nível, ou ter nível de escolaridade igual ou superior ao do indiciado. Apresentada a defesa, a comissão elaborará relatório conclusivo quanto à inocência ou à responsabilidade do servidor, em que resumirá as peças principais dos autos, opinará sobre a licitude da acumulação em exame, indicará o respectivo dispositivo legal e remeterá o processo à autoridade instauradora, para julgamento. No prazo de cinco dias, contados do recebimento do processo, a autoridade julgadora proferirá a sua decisão, aplicando-se, quando for o caso, o disposto no § 3º do art. 167. A opção pelo servidor até o último dia de prazo para defesa configurará sua boa-fé, hipótese em que se converterá automaticamente em pedido de exoneração do outro cargo. Caracterizada a acumulação ilegal e provada a má-fé, aplicar-se-á a pena de demissão, destituição ou cassação de aposentadoria ou disponibilidade em relação aos cargos, empregos ou funções públicas em regime de acumulação ilegal, hipótese em que os órgãos ou entidades de vinculação serão comunicados. O prazo para a conclusão do processo administrativo disciplinar submetido ao rito sumário não excederá trinta dias, contados da data de publicação do ato que constituir a comissão, admitida a sua prorrogação por até quinze dias, quando as circunstâncias o exigirem. Demissão, cassação de aposentadoria ou disponibilidade e destituição de cargo em comissão; Suspensão Advertência 5 Anos 2 anos 180 dias Die a quo Atenção Interrupção Atenção O prazo de prescrição começa a correr da data em que o fato se tornou conhecido. Os prazos de prescrição previstos na lei penal aplicam-se às infrações disciplinares capituladas também como crime. A abertura de sindicância ou a instauração de processo disciplinar interrompe a prescrição, até a decisão final proferida por autoridade competente. Interrompido o curso da prescrição, o prazo começará a correr a partir do dia em que cessar a interrupção. A Lei 8.112/1990 determina que o prazo de prescrição ficará interrompido “até a decisão final proferida por autoridade competente”. Contudo, a jurisprudência do STF considera que a prescrição volta a correr “após o prazo de 140 dias”, que é o prazo máximo para a conclusão e julgamento do processo administrativo disciplinar a partir da sua instauração (MS 17.456/DF). Portanto, o prazo de prescrição fica interrompido até a decisão final ou até o prazo de 140 dias, o que vier primeiro. Para o STF (MS 24.013) e para o STJ (MS 20.857), o prazo prescricional previsto na Lei Penal será aplicado ao processo administrativo, independentemente de existir (ou não) ação penal sobre o tema. Por exemplo: João cometeu infração disciplinar que também é capitulada como crime. Nesse caso, será aplicado o prazo prescricional previsto para o crime, ainda que a ação penal não tenha sido instaurada.

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DIA02
12 pág.

Direito Financeiro Humanas / SociaisHumanas / Sociais

Respostas

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Esse texto é um trecho da Lei nº 8.112/1990, que trata do processo administrativo disciplinar no âmbito da administração pública federal. Ele estabelece as regras para a citação do servidor público que está sendo investigado em um processo disciplinar, bem como o prazo para apresentação de defesa e as consequências da revelia. Além disso, o texto também aborda o papel do defensor dativo, a elaboração do relatório conclusivo e a decisão da autoridade julgadora. Por fim, ele trata dos prazos de prescrição e das penalidades aplicáveis em caso de acumulação ilegal de cargos públicos.

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