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O tempo, somado à posse ad usucapionem, compõe os elementos fundamentais para a aquisição do domínio por usucapião. Sua duração varia entre as dive...

O tempo, somado à posse ad usucapionem, compõe os elementos fundamentais para a aquisição do domínio por usucapião. Sua duração varia entre as diversas modalidades de prescrição aquisitiva previstas na ordem jurídica pátria, face à exigência de outros elementos – p. ex., justo título e boa-fé – e do interesse protegido – p. ex., posse qualificada pela moradia ou por investimento de interesse econômico. Independente do tipo de usucapião, o tempo exigido é, necessariamente, contínuo (tempus continuum). A contagem do prazo se dá por dias civis, sendo considerado o seu termo inicial (dies a quo) o dia em que começa o exercício de atos possessórios. O termo final (dies ad quem), por sua vez, será, em regra, no mesmo dia e mês após o transcurso do tempo exigido – de acordo com a regra insculpida na Lei nº 810/49, que define o ano civil – o qual, ainda que mal começado, é tido como acabado. Fixado quando se dá o termo final do tempo exigido para a configuração do usucapião, surge indagação sobre a possibilidade de que este venha a ocorrer após a apresentação da demanda em Juízo. De regra, tem-se que o tempo exigido precisa estar completado quando do ajuizamento da ação declaratória de usucapião, sob pena de extinção do processo, por carência de ação. Contudo, referido entendimento deve ser flexibilizado face à possibilidade de não ser apresentada resistência ao pedido que altere as características da posse até então exercida, permitindo, pois, a consumação do prazo no curso da lide, aplicando-se o disposto no art. 493 do Código de Processo Civil. Para atingir o tempo exigido de exercício de posse ad usucapionem, pode o usucapiente acrescer à sua posse a do antecessor, contanto que ambas sejam contínuas, pacíficas e com animus domini (art. 1.243, do Código Civil). Permite-se, assim, a ocorrência de soma de posses, que se encontra descrita no art. 1.207, in verbis: “O sucessor universal continua de direito a posse do seu antecessor; e ao sucessor singular é facultado unir sua posse à do antecessor, para os efeitos legais”.

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