A entrevistada do GTP concorda que é importante a transversalidade do debate, tal como é importante a manutenção da especificidade considerando que...

A entrevistada do GTP concorda que é importante a transversalidade do debate, tal como é importante a manutenção da especificidade considerando que, no bojo da transversalidade, corre-se o risco de o conteúdo dissipar-se. Dessa forma, ela sinaliza que: “[...] tem que ter a disciplina específica sim, eu acho que tem que ter, como vai ter economia... Eu acho que tem que ter a discussão de gênero. Tem que ser a questão de gênero e sexualidade em um campo, para você ter tempo de pensar as categorias e transversalizar o conteúdo à medida em que a ciência vai acrescentando novos elementos para pensar a realidade. Então eu acho que a discussão sobre economia, formação socio histórica, toda disciplina de estágio, a ética, a discussão do trabalho... ninguém discute embranquecimento do trabalho né? [...] tem que transversalizar em todos os núcleos, da vida social, socio histórico e do trabalho, mas dentro das disciplinas deve-se privilegiar esse debate, sobretudo nas disciplinas interventivas, que vão fazer toda discussão ligada ao arcabouço teórico metodológico, ético político, e técnico-operativo, que a gente não tem. Então [...] eu acho que tem que transversalizar, mas também tem que manter. Isso dá uma virada aí, e arranca da transversalidade todo conteúdo e a gente fica sem nada, entende?” (GTP).