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O fenômeno energético é interessante em suas nuances : o ritmo de crescimento do consumo de energia nos países ricos é menos acelerado que naqueles...

O fenômeno energético é interessante em suas nuances : o ritmo de crescimento do consumo de energia nos países ricos é menos acelerado que naqueles em desenvolvimento. "Isso acontece por causa dos diferentes estágios de industrialização" , diz Mike Grillot, economista do Departamento de Energia dos Estados Unidos. Países atrasados têm indústrias pesadas, que consomem mais eletricidade. As nações maduras, por sua vez, estão, cada vez mais, se especializando na área de serviços deslocando fábricas para países em desenvolvimento. A previsão é que no futuro esse fenômeno se intensifique. Hoje, de cada dez habitantes do planeta, três não tem acesso à eletricidade. A maior parte dos que estão às escuras vive em áreas rurais de países miseráveis. Essa gente quer sair das trevas e poder comprar lâmpadas e eletrodomésticos. Em seguida, eles vão querer comprar carro e andar de avião - e isso só será possível se houver energia abundante e barata. A diferença em relação às necessidades energéticas não significa que o Primeiro Mundo está menos sedento de energia. Ao contrário, não pode descuidar-se sem o risco de pôr a perder o que foi penosamente conquistado pelas gerações anteriores. Os apagões e os racionamentos estão sendo registrados em países com boa infra-estrutura energética, sobretudo em decorrência da falta de investimento em geração, como mostram os exemplos da Califórnia e do Brasil. Estudo recente apontou o perigo de apagões em três regiões da Espanha em julho e agosto, quando o país é invadido por milhões de turistas. O motivo: falta de investimento em transmissão e aumento da demanda. Apagões são comuns em todo o países mais precários, como Índia, Paquistão, Nigéria, Geórgia e Armênia. "Nesses lugares, a maior causa é a falta de dinheiro para a manutenção", diz Jamal Saghir, diretor do departamento de energia do Banco Mundial. A crise energética não é, evidentemente, destino inevitável. É uma questão de planejamento e sobretudo de dinheiro. Maior produtora mundial de carvão mineral, a China garante 60% de sua demanda com usinas termelétricas - mas está investindo 70 bilhões de dólares na construção da maior hidrelétrica do planeta. Essa megaobra é necessária para atender às necessidades crescentes de uma economia que há mais de uma década cresce ao ritmo veloz de 7% ano. A usina de Três Gargantas no Yang Tsé terá capacidade de geração 50% superior à de Itaipu, hoje a mais potente do mundo. É uma dessas obras com números de tirar o fôlego pela grandiosidade. Só o concreto usado nas barragens seria suficiente para construir mais de 400 Maracanãs. O largo da usina terá 600 quilômetros de comprimento e vai engolir doze cidades e 356 vilarejos, obrigando a remoção de 2 milhões de pessoas. Quando estiver pronta, será um maná: produzirá 10% de toda a eletricidade de que os chineses precisam.

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79 pág.

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Qual é a previsão para o futuro em relação ao consumo de energia nos países em desenvolvimento e nos países ricos?

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