Segundo o Ministro da Educação ao homologar a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para a Educação Infantil, Ensino Fundamental e o Ensino Médio (Reforma do Ensino Médio), o Brasil inicia uma nova era na educação brasileira e se alinha aos melhores e mais qualificados sistemas educacionais do mundo. Prevista na Constituição de 1988, na LDB de 1996 e no Plano Nacional de Educação de 2014, a BNCC foi preparada por especialistas de cada área do conhecimento, com a valiosa participação crítica e propositiva de profissionais de ensino e da sociedade civil. Em abril de 2017, considerando as versões anteriores do documento, o Ministério da Educação (MEC) concluiu a sistematização e encaminhou a terceira e última versão ao Conselho Nacional de Educação (CNE). A BNCC pôde então receber novas sugestões para seu aprimoramento, por meio das audiências públicas realizadas nas cinco regiões do País, com participação ampla da sociedade. A BNCC expressa o compromisso do Estado Brasileiro com a promoção de uma educação integral voltada ao acolhimento, reconhecimento e desenvolvimento pleno de todos os estudantes, com respeito às diferenças e enfrentamento à discriminação e ao preconceito. Assim, para cada uma das redes de ensino e das instituições escolares, este será um documento valioso tanto para adequar ou construir seus currículos como para reafirmar o compromisso de todos com a redução das desigualdades educacionais no Brasil e a promoção da equidade e da qualidade das aprendizagens dos estudantes brasileiros. Base Nacional Comum Curricular e currículos A BNCC e os currículos se identificam na comunhão de princípios e valores que, como já mencionado, orientam a LDB e as DCN. Dessa maneira, reconhecem que a educação tem um compromisso com a formação e o desenvolvimento humano global, em suas dimensões intelectual, física, afetiva, social, ética, moral e simbólica. Além disso, BNCC e currículos têm papéis complementares para assegurar as aprendizagens essenciais definidas para cada etapa da Educação Básica, uma vez que tais aprendizagens só se materializam mediante o conjunto de decisões que caracterizam o currículo em ação.
Na organização curricular é preciso considerar alguns pontos básicos. O primeiro é o de que o currículo não é um instrumento neutro. O currículo passa ideologia, e a escola precisa identificar e desvelar os componentes ideológicos do conhecimento escolar que a classe dominante utiliza para a manutenção de privilégios. A determinação do conhecimento escolar, portanto, implica uma análise interpretativa e crítica, tanto da cultura dominante, quanto da cultura popular. O currículo expressa uma cultura.
Como sintetiza bem esta citação: “tanto o modelo tecnocrático de Bobbitt e Tyler, quanto o progressista, de Dewey constituíram se em rações ao currículo clássico, humanista, que priorizava o repertório das grandes obras literárias e artísticas das heranças clássicas grega e latina. Ambas as vertentes contestatórias ao currículo clássico surgiram no contexto da ampliação da educação de massas.” (SILVA apud HIDALGO, 2008, p.48)
Qual é o conteúdo do Capítulo 1 do material 'Aprendizagem, Currículo, Cultura e Conhecimento Escolar'?
A Escola, suas relações, seus significados e suas formas organizacionais: O Currículo Concepções de Currículo
É importante que você pesquise os instrumentos norteadores: currículo e projeto político pedagógico de no mínimo duas organizações escolares nas quais você possa reconhecer e analisar a organização curricular, registrando suas observações em relação ao processo de ensino-aprendizagem.
Ao analisar o contexto histórico do currículo, como o currículo surgiu pela primeira vez nos Estados Unidos? E qual foi a conotação de campo específico de estudo de Bobbitt em relação ao currículo?
a) Em conexão com o processo de industrialização e os movimentos migratórios. Bobbitt via o currículo como um sistema racional de rendimentos educacionais. b) Em conexão com o processo de industrialização e os movimentos migratórios. Bobbitt via o currículo como um sistema irracional de rendimentos educacionais. c) Em conexão com o processo de industrialização e os movimentos migratórios. Bobbitt via o currículo como um sistema racional de rendimentos não educacionais.
questionar a pura transmissão de conhecimentos elaborados por um determinado grupo. As teorias críticas, por sua vez, atacaram as perspectivas empíricas sobre o currículo tradicional. As bases da teoria crítica são estudos sociológicos, filosóficos e antropológicos, sendo as ideias de Marx bastante marcantes. A partir dessas ideias, o currículo passou a ser um espaço de poder, um meio pelo qual é reproduzida e mantida uma ideologia dominante, podendo também ser um espaço de construção, de libertação e de autonomia. Após o estudo das teorias, pudemos conhecer, de forma mais complexa, a sua essência, as relações de poder que as envolvem, o cunho político, econômico, cultural e racial que está por trás da construção de um currículo, o qual, numa visão menos atenta, acaba passando despercebido. Existem questões que permeiam o currículo e que devem ser analisadas com muita atenção, pois determinam nossa prática, fazendo com que, sem termos consciência, reproduzamos os interesses das classes dominantes. A compreensão das teorias sobre currículo se faz importante para compreendermos a história e os interesses que envolvem a sua construção a fim de que percebamos com olhar mais crítico nossos currículos, o que eles trazem e fazem e em que precisam ser reelaborados, com vistas a promover mudanças.
Que entendemos pela palavra cultura? Talvez seja útil esclarecermos, inicialmente, como a estamos concebendo, já que seus sentidos têm variado ao longo dos tempos, particularmente no período da transição de formações sociais tradicionais para a modernidade (Bocock, 1995; Canen e Moreira, 2001). Acreditamos que tal esclarecimento pode subsidiar a discussão das relações entre currículo e cultura.
É importante que você realize novas leituras de artigos que apresentem a relação da cultura e da diversidade cultural desenvolvidas nos currículos. Gusmão (2003, p. 103), Entre desejos, sonhos, princípios legais e políticas educativas, a diversidade social e cultural desafia nossas práticas e nossos valores e nos coloca diante de nosso enigma maior: a diferença do outro, a semelhança do mesmo.
Qual é a importância do projeto político pedagógico (PPP) na estrutura escolar?
a. ser um processo participativo de decisões; b. preocupar-se em instaurar uma forma de organização de trabalho pedagógico que desvele os conflitos e as contradições; c. explicitar princípios baseados na autonomia da escola, na solidariedade entre seus agentes educativos e no estímulo à participação de todos no projeto comum e coletivo; d. conter opções explícitas na direção da superação de problemas, no decorrer do trabalho educativo voltado para uma realidade específica; e. explicitar o compromisso com a formação do cidadão.
De acordo com Veiga (2000), quais são as características do PPP?
a. implicar uma ação articulada de todos os envolvidos com a realidade da escola; b. ser construído continuamente, pois, como produto, é também processo, incorporando ambos numa interação possível; c. implicar uma ação articulada de todos os envolvidos com a realidade da escola; d. ser construído continuamente, pois, como produto, é também processo, incorporando ambos numa interação possível; e. ser um processo participativo de decisões.