A agenda da segurança pública é fortemente marcada pelo episódio de violência do sequestro do ônibus 174, ocorrido em junho de 2000 na cidade do Ri...

A agenda da segurança pública é fortemente marcada pelo episódio de violência do sequestro do ônibus 174, ocorrido em junho de 2000 na cidade do Rio de Janeiro. O evento do ônibus expõe a necessidade urgente de respostas frente ao problema da criminalidade e violência do Brasil que ainda não possuía um Plano Nacional de Segurança Pública – PNSP – com diretrizes que pudessem organizar a política e a prestação de serviços. Assim, surge no mesmo ano, como forma de resposta à sociedade, o primeiro PNSP, adotado no governo Fernando Henrique Cardoso. É o início de um processo de estruturação das instituições policiais, treinamento e capacitações, ações coordenadas com priorização da participação social nas redes de políticas de segurança. Ainda que as diretrizes constitucionais não obriguem os municípios a criarem suas Guardas Municipais, os PNSP criam mecanismos de incentivo à provisão de serviços municipais de segurança e de participação da sociedade em fóruns de discussão de problemas e soluções. Desde a criação da Secretaria Nacional de Segurança Pública – SENASP – o governo federal tem criado fóruns de participação integrada, com representação governamental dos 3 níveis de governo e da sociedade civil, conformando novas comunidades de políticas. Em relação à Política Nacional de Segurança Pública, e a papel dos municípios, é correto afirmar que Escolha uma opção: A participação dos municípios se restringe às diretrizes dos Planos Estaduais de Segurança, garantindo a obrigatoriedade prevista constitucionalmente. A criação da Secretaria Nacional de Segurança Pública mantém o esforço de promover a cooperação entre os três níveis de governo e a participação social, garantindo a incursão dos municípios na provisão de serviços. Os Planos Nacionais de Segurança, influenciados pelo episódio do ônibus 174, estabeleceram regras gerais para atuação dos municípios em áreas de risco social. A Constituição Federal desobriga os estados de prestarem serviços de segurança, deixando a cargo dos Planos Nacionais criarem condições para os municípios assumiram as políticas da área. Os Planos Nacionais de Segurança Pública garantem a obrigatoriedade de implantação de Guardas Municipais em todo território nacional através de recursos do Fundo Nacional, como forma de cumprir as diretrizes constitucionais.