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obra do geógrafo alemão Friedrich Ratzel, o determinismo geográfico compreende o ser humano e a vida em sociedade como resultado das condições natu...

obra do geógrafo alemão Friedrich Ratzel, o determinismo geográfico compreende o ser humano e a vida em sociedade como resultado das condições naturais. Dessa forma, um Estado, enquanto sociedade organizada, tem seu desenvolvimento fortemente condicionado pelos aspectos físicos e os recursos disponíveis em seu território, como clima, relevo, vegetação, conforme exemplificado no texto. Portanto, a geografia influencia os assuntos internacionais, incluindo estratégias políticas e militares, além de outras dimensões sociais e culturais, como língua, religião e comércio.

A) INCORRETA. A referência presente no texto-base à “revelação”, à “memória do profeta” e à “Suna” pode remeter o aluno a um contexto mais antigo de gênese e desenvolvimentos iniciais do Islã. Dado que o texto-base e o enunciado mencionam o continente africano, a conexão entre Islã e África pode sugerir ao aluno menos consciente da situação cronológica dos processos pertinentes à resolução da questão que o contexto histórico apresentado pelo texto-base é a expansão árabe-islâmica (séculos VII e VIII) – que, de fato, alcançou a África Ocidental.
B) CORRETA. Para assinalar a opção correta nesta questão, o aluno deve identificar corretamente que o contexto histórico da passagem apresentada no texto-base é o imperialismo europeu na África e que a população nativa muçulmana oposta à dominação estrangeira e aos trabalhos forçados impostos por esta encontrou em sua identidade religiosa um fator de coesão e mobilização social para a resistência. Nesse sentido, o aluno deve perceber que a proibição de “viver sob uma autoridade não islâmica” não ia contra os interesses dos trabalhadores, mas, ao contrário, favorecia o impulso de resistência, erigindo-o em mandamento divino.
C) INCORRETA. O aluno que marca esta opção rende-se ao imaginário de que os povos africanos, ditos “primitivos”, opuseram-se, via de regra, à implementação de técnicas e artefatos europeus em seus territórios em benefício da conservação de seus modos de vida materialmente arcaicos. O texto-base, de fato, atesta a oposição dos rebeldes à construção de linhas telegráficas e estradas de ferro, produtos da Era Industrial; contudo, a motivação para tal oposição apresentada pelo texto-base é mais propriamente a recusa à submissão dos trabalhadores muçulmanos aos agentes imperialistas cristãos.
D) INCORRETA. Ao assinalar esta opção, o aluno faz uma leitura descontextualizada do trecho “estavam proibidos de viver sob uma autoridade não islâmica”. Apesar de proibições impostas por autoridades ou um sistema de crenças religiosas sugerirem uma restrição da liberdade individual, o elemento percebido como opressor no contexto da dominação estrangeira no Alto Senegal era, na verdade, o imperialismo francês, contra o qual o movimento descrito no texto-base se insurgiu, apoiando-se, para isso, na autoridade do sistema de crenças e práticas bem consolidado no seio da comunidade local, o islamismo de vertente sunita.
E) INCORRETA. O aluno que assinala esta alternativa não reconhece o cenário de protagonismo das atividades humanas, que a partir da utilização de diferentes tecnologias, transforma o espaço natural. Portanto, as condições físicas locais são colocadas em segundo plano dentro do contexto produtivo.

Essa pergunta também está no material:

Resolução dia 01 - somos 05_2022 (4)
32 pág.

Linguagens Universidade PaulistaUniversidade Paulista

Respostas

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A alternativa correta é a letra B) CORRETA. Para assinalar a opção correta nesta questão, o aluno deve identificar corretamente que o contexto histórico da passagem apresentada no texto-base é o imperialismo europeu na África e que a população nativa muçulmana oposta à dominação estrangeira e aos trabalhos forçados impostos por esta encontrou em sua identidade religiosa um fator de coesão e mobilização social para a resistência. Nesse sentido, o aluno deve perceber que a proibição de “viver sob uma autoridade não islâmica” não ia contra os interesses dos trabalhadores, mas, ao contrário, favorecia o impulso de resistência, erigindo-o em mandamento divino.

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