Resposta E A) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa não reconhece que a menção à desorganização das peças de roupa é um elemento utiliza...

Resposta E
A) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa não reconhece que a menção à desorganização das peças de roupa é um elemento utilizado apenas para compor a construção de um ambiente muito real, humano e ligado à realidade de Samsa, que era caixeiro-viajante. Assim, relaciona a desordem à transformação da personagem, visto que, em situações reais, o acúmulo de materiais cria um espaço propício ao surgimento de insetos.
B) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa percebe que o quarto humano se contrapõe à condição animalesca de Gregório, porém não compreende que a caracterização do ambiente é usada para comprovar o fato de que se tratava de realidade, e não de fantasia, como é expresso no trecho que antecede a descrição: “Não era nenhum sonho”.
C) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa demonstra ter estabelecido uma relação equivocada entre o pensamento “Que me aconteceu?” e a descrição do ambiente, considerando que o segundo elemento justifica o primeiro, e não percebendo que, na realidade, a surpresa da personagem é justificada no primeiro parágrafo, em que é descrita a situação do homem que acorda como inseto após uma transformação repentina.
D) INCORRETA. O aluno que assinala essa alternativa evidencia uma interpretação equivocada do trecho, resultado de uma leitura desconexa dos parágrafos, sem considerar os elementos que os conectam. Assim, em vez de perceber a passagem “Que me aconteceu? — pensou. Não era nenhum sonho.” como uma ligação entre as partes do texto, ele assume a descrição do quarto como uma mudança de foco que seria consequência da rápida adaptação da personagem à sua nova condição.
E) CORRETA. A realização de uma descrição do espaço logo após a afirmação “Não era nenhum sonho” busca comprovar como a personagem se deu conta de que se tratava de realidade, e não de um sonho, visto que ela se encontrava em seu quarto, com todos os seus objetos habituais. Assim, a hipótese de fantasia foi superada diante da imposição da ambientação real.