A Constituição Federal de 1988 reconhece a união estável como entidade familiar, equiparando-a ao casamento. O Código Civil de 2002 regulamenta a união estável e estabelece as regras para a sucessão dos bens do casal em caso de morte de um dos companheiros. No entanto, há controvérsias sobre a constitucionalidade de alguns dispositivos do Código Civil que tratam da sucessão na união estável. Alguns juristas argumentam que esses dispositivos violam o princípio da igualdade, uma vez que estabelecem diferenças entre a sucessão na união estável e a sucessão no casamento. Por exemplo, o artigo 1.790 do Código Civil estabelece que o companheiro só terá direito à herança se não houver descendentes ou ascendentes do falecido. Já no casamento, o cônjuge sobrevivente tem direito à metade da herança, independentemente da existência de descendentes ou ascendentes. Assim, alguns entendem que essa diferença de tratamento é inconstitucional, pois fere o princípio da igualdade entre as entidades familiares. No entanto, essa questão ainda é objeto de discussão na doutrina e na jurisprudência.
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