No substabelecimento sem reservas, não há cessão de posição contratual, pois o substabelecimento é apenas uma delegação de poderes, ou seja, o subestabelecido passa a ter poderes para representar o outorgante em relação ao negócio jurídico, mas não assume a posição contratual do outorgante. O Código Civil brasileiro trata do substabelecimento no artigo 667, que prevê que o substabelecido pode, com a autorização do outorgante, substabelecer a outrem, total ou parcialmente, os poderes que recebeu. Já em relação à cessão de posição contratual, o Código Civil prevê em seu artigo 286 que "a cessão do contrato a terceiro, com o consentimento do devedor, não se presume onerosa, nem gratuita". Ou seja, a cessão de posição contratual só ocorre quando há transferência da posição de uma das partes do contrato para um terceiro, mediante consentimento do devedor. No entanto, o Código Civil não prevê a cessão de posição contratual em caso de ausência de previsão legal. O princípio do direito das obrigações que leva a essa posição é o da autonomia da vontade, que permite às partes estabelecerem livremente as cláusulas do contrato, desde que não contrariem a lei ou a ordem pública.
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