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As atividades transcorriam normalmente. A equipe multidisciplinar envolvida nas atividades coletivas, estratégias de atendimento estabelecidas, de ...

As atividades transcorriam normalmente. A equipe multidisciplinar envolvida nas atividades coletivas, estratégias de atendimento estabelecidas, de repente a notícia da pandemia do Covid-19 ter chegado ao Brasil e a necessidade do distanciamento social. De repente? Ou já seria uma situação anunciada? Teríamos velado o que já estava se processando? Difícil de elaborar. Entretanto, o anúncio do distanciamento social desvelou completamente o real. A angústia toma profissionais e sujeitos em atendimento. O que fazer? Como fazer? Como cuidar? Como proteger? Logo, as questões deixam de ser de exclusividade da instituição em que trabalhamos e passam a ser da ordem de saúde coletiva. Medidas sanitárias para todos. Para todos? É o norteador das políticas públicas. O real segue nos acossando. Entre os sujeitos atendidos não há como medir o que pesa mais: a fome ou o distanciamento social. As duas condições criaram um nó, impossível de desatar. Como escolher entre a bolsa e a vida? Como cuidar e proteger os sujeitos atendidos? Não se trata da hierarquização de saberes e sim de quem o sujeito encontra para escutar suas palavras. Em um telefonema o técnico escuta: “Que bom que você pode me ouvir”. No início da conversa, o sujeito nem respirar conseguia, ao término da ligação, ele mesmo se espanta por não estar mais ofegante, “entupido”. As palavras puderam minimamente fazer algum sentido para ele.

Essa pergunta também está no material:

ebook_expressoes aap4
748 pág.

Gestão Hospitalar

💡 1 Resposta

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O texto apresenta uma reflexão sobre a chegada da pandemia do Covid-19 ao Brasil e seus impactos nas atividades coletivas e no atendimento aos sujeitos. A notícia do distanciamento social trouxe angústia para profissionais e sujeitos em atendimento, e as questões deixaram de ser de exclusividade da instituição em que trabalhamos e passaram a ser da ordem de saúde coletiva. As medidas sanitárias são necessárias para todos, mas entre os sujeitos atendidos, a fome e o distanciamento social criaram um nó impossível de desatar. O texto destaca a importância de escutar as palavras dos sujeitos e de cuidar e proteger aqueles que estão em situação de vulnerabilidade.

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