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“Meu filho (11 anos) se fechou no quarto, não quer mais comer; acusa-nos dizendo que nós somos culpados por ele não ir à escola. Continua a pedir p...

“Meu filho (11 anos) se fechou no quarto, não quer mais comer; acusa-nos dizendo que nós somos culpados por ele não ir à escola. Continua a pedir para providenciarmos o documento!” (Depoimento de uma imigrante boliviana). “Minha filha voltou da escola chorando [...] contou que a diretora do colégio tinha entrado na sala de aula e depois de ter falado alguma coisa com a professora que estava lecionando, olhando para um papel que segurava na mão, tinha gritado o nome de Karin intimando-lhe que deixasse imediatamente a escola e que não mais comparecesse [...] eu achava que ela tivesse aprontado alguma coisa e fui falar com a professora e a diretora [...] não podia acreditar que Karin não pudesse mais frequentar [...] também chorei muito. Ainda hoje ela está traumatizada com aquilo”. (Depoimento de uma imigrante peruana – São Paulo, 1991) IN: BONASSI, Margherita. Canta, América sem fronteiras: imigrantes latino-americanos no Brasil. São Paulo: Edições Loyola, 2000.p.173-174; 177. A partir dos dois testemunhos registrados pela pesquisadora Margherita Bonassi é possível constatar os efeitos do Estatuto do Estrangeiro na vida de muitas famílias. A questão da falta de documentação no país de destino pode trazer inúmeros entraves no acesso a direitos fundamentais. As crianças, que em grande parte das vezes acabam acompanhando seus pais sem saber ao certo seu destino, acabam entendendo de forma precoce o que é a condição migratória não documentada e a importância que a posse de um documento tem para a sua vida e a de sua família. Refletindo sobre o acesso a direitos fundamentais, como o direito à educação, você acredita que a condição migratória de uma pessoa deveria definir se ela pode ou não exercer um direito?

💡 1 Resposta

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Não, a condição migratória de uma pessoa não deveria definir se ela pode ou não exercer um direito fundamental, como o direito à educação. Todos os seres humanos têm direitos inalienáveis e iguais, independentemente de sua nacionalidade, raça, gênero, religião ou condição migratória. O acesso à educação é um direito humano fundamental e deve ser garantido a todas as crianças, independentemente de sua condição migratória. É importante que as políticas públicas e as instituições educacionais estejam preparadas para receber e atender a população migrante, garantindo o acesso à educação de qualidade e a inclusão social.

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