Quanto à exposição, na petição inicial, do “fato e os fundamentos jurídicos do pedido”, cabe ao autor da demanda exteriorizar os requisitos configu...

Quanto à exposição, na petição inicial, do “fato e os fundamentos jurídicos do pedido”, cabe ao autor da demanda exteriorizar os requisitos configuradores do usucapião familiar pro morare elencados no art. 1.240-A do Código Civil. Assim, deve trazer meios de comprovação do vínculo familiar que existia entre as partes – se casados, a certidão de casamento; se conviventes, documentos que exteriorizem tal relação, p. ex., certidão de nascimento de filhos comuns, sentença de dissolução de união estável; inscrição como dependente em órgão previdenciário ou em plano de saúde etc. –; demonstrar o exercício de posse exclusiva sobre o imóvel comum pelo período de dois anos ininterruptos e sem oposição pelo réu – o que exige a apresentação de certidão negativa da existência de ações possessórias e de partilha de bens entre as partes –; comprovar a titularidade conjunta do imóvel objeto do pedido usucapiendo – por meio da certidão do Registro do imóvel –; e comprovar que não é proprietário de outro imóvel urbano ou rural – por meio de certidões dos Cartórios de Registro de Imóveis.