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Em que pese as recentes alterações da legislação, o estatuto ainda consta a licença à gestante como de 120 dias: Art. 94 É concedida licença à serv...

Em que pese as recentes alterações da legislação, o estatuto ainda consta a licença à gestante como de 120 dias: Art. 94 É concedida licença à servidora gestante por 120 (cento e vinte) dias consecutivos, a partir do primeiro dia do nono mês de gestação, salvo antecipação por prescrição médica. É aqui que começamos: 120 dias em casa! (tirando o fato de ter um recém-nascido gritando em casa, daria até para dizer que é uma licença prêmio, ou seis férias realmente longas :P). Esta é a seguridade social fornecendo proteção à maternidade. Outra coisa interessante: a licença gestante não começa, necessariamente com o nascimento da criança: § 1º. No caso de nascimento prematuro, a licença tem início a partir do parto. Para amamentar o próprio filho, até a idade de 06 meses, a servidora lactante tem direito, durante a jornada de trabalho, a uma hora de descanso, que pode ser parcelada em dois períodos de meia hora. Se você realmente imergiu no raciocínio que rege a seguridade social, vai acabar chegando a uma conclusão cruel agora: a licença gestante só faz sentido quando existe uma criança (afinal, a proteção é para a "maternidade, especialmente à gestante"). Assim, você concluiria, corretamente do ponto de vista do Direito Previdenciário, que em caso de natimorto (feto que não chega a apresentar sinais de vida depois da separação do corpo da mãe), não há maternidade a ser protegida, logo, não há que se falar de licença gestante. E aí, a gestante abalada deve retomar suas atividades normalmente, e ter descontado os dias não trabalhados? Haja insensibilidade! Em caso de feto natimorto e do aborto não criminoso, o estatuto concede um período de 30 dias à servidora, a fim de que se recupere. Decorrido este prazo, novo exame médico será realizado e concluirá ou não pelo retorno do exercício da servidora: § 2º. No caso de natimorto, decorridos 30 (trinta) dias do evento, a servidora é submetida a exame médico e, se julgada apta, reassume o exercício. § 3º. No caso de aborto atestado por médico oficial, a servidora tem direito a 30 (trinta) dias de licença. Já o pai, tem "míseros" 5 dias. É pouco! Só quem teve a alegria de ter um filho sabe como é bom ficar com aquele serzinho minúsculo :) Art. 95 Pelo nascimento ou adoção de filho, o servidor tem direito à licença-paternidade de 05 (cinco) dias consecutivos. Por fim, no caso de adoção, a servidora também tem licença: Art. 97 A servidora que adotar ou obtiver a guarda judicial de criança de até 01 (um) ano de idade, são concedidos 90 (noventa) dias de licença. Parágrafo único. Se a criança, no caso deste artigo, tiver mais de 01 (um) ano de idade, o prazo da licença é de 30 (trinta) dias. Em que pese a previsão estatutária, o STF já se manifestou no sentido que não podem existir prazos diferenciados em função da idade da criança, criando uma “paridade” entre a licença-gestante e a licença-adotante. RE 778889 - Os prazos da licença adotante não podem ser inferiores aos prazos da licença gestante, o mesmo valendo para as respectivas prorrogações. Em relação à licença adotante, não é possível fixar prazos diversos em função da idade da criança adotada.

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