Em 2018, o Supremo Tribunal Federal (STF) julgou a Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC) nº 43, que questionava a constitucionalidade do artigo 260 do Código de Processo Penal (CPP), que permitia a condução coercitiva de investigados para interrogatório. Por maioria de votos, o STF decidiu que a condução coercitiva para interrogatório não é compatível com a Constituição Federal, pois viola o direito ao silêncio e o princípio da presunção de inocência. No entanto, a decisão não proibiu a condução coercitiva em outras situações, como para fins de qualificação pessoal ou para realização de reconhecimento pessoal. No caso de não comparecimento do investigado, o artigo 221 do CPP (aplicado por analogia na fase do inquérito policial) prevê que somente na qualidade de testemunha é que a pessoa poderia escolher o local e a data para ser inquirida. Portanto, se o investigado não compareceu sem justificativa, pode ser considerado como uma infração ao dever de colaboração com a investigação.
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Direitos Humanos e Direitos Humanos Fundamentais
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