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XXI. SINASE E EXECUÇÃO DE MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS - LEI 12.594/2012 Sinase - Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo. Lei 12.594/12: é a lei...

XXI. SINASE E EXECUÇÃO DE MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS - LEI 12.594/2012 Sinase - Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo. Lei 12.594/12: é a lei que estabelece uma lógica para a aplicação das medidas socioeducativas, para as unidades de atendimento que vão desempenhar as funções de aplicação das medidas socioeducativas e para as autoridades que vão participar do processo de aplicação das medidas socioeducativas. Estrutura: 1. União: coordenar e executar a política nacional; 2. Estados: criar e desenvolver programas para execução de semiliberdade e internação; 3. Municípios: criar e manter programas para execução de prestação de serviços à comunidade e liberdade assistida. As medidas de advertência e obrigação de reparar o dano não estão previstas porque elas não exigem uma atuação por parte do Estado, se esgotando no processo. I. “Execução” das medidas socioeducativas – Formalização 1. Advertência e reparação de dano: executadas nos próprios autos (se aplicadas isoladamente) porque são medidas de duração instantânea. 2. Prestação de serviços à comunidade, liberdade assistida, semiliberdade ou internação: será aberto um processo de execução independente, porque são medidas de duração continuada. II. Direitos individuais na execução de medidas socioeducativas e o PIA  PIA: Plano Individual de atendimento. É obrigatório para todas as medidas, salvo advertência e reparação de dano.  Para prestação de serviço à comunidade e liberdade assistida: elaboração do PIA em até 15 dias.  Para semiliberdade e internação: por implicarem em privação de liberdade: a elaboração do PIA em até 45 dias. Os prazos de elaboração do PIA são contados do ingresso do adolescente no programa de atendimento. O PIA tem por objetivo individualizar o adolescente. 23 Acompanhando por pais ou responsáveis e defensor (reservadamente) em todas as fases. Visita íntima. Desde que comprovado o casamento ou união estável. Permite que a manutenção do vínculo familiar, o que é benéfico para processo de integração ou reintegração do adolescente. Direitos: 1. Informação sobre a situação processual: a qualquer tempo. 2. Peticionar, por escrito ou oralmente, e ser respondido em até 15 dias. 3. Permanecer internado na mesma localidade do domicílio de seus pais ou responsável. 4. Inclusão em programa de meio aberto quando inexistir vaga para o cumprimento de medida privativa de liberdade na localidade dos pais ou responsável. Regra: não haverá transferência do adolescente, mas sim a inclusão em programa de meio aberto, já que ele tem direito de permanecer na mesma localidade de seus pais. A exceção se dará no caso de ato infracional foi cometido com violência ou grave ameaça à pessoa, quando se impõe a transferência para o local mais próximo. III. Execução das medidas socioeducativas 1. Plano Individual: elaborado pela equipe técnica do programa de atendimento. Há previsão de vista ao Defensor e ao Promotor pelo prazo sucessivo de 3 dias, contados do recebimento da proposta encaminhada pela direção do programa de atendimento. 2. Impugnação do PIA: cabível, com possibilidade de audiência para discutir o plano. A regra é que não há suspensão da execução como regra, salvo por determinação judicial. 3. Reavaliações: a qualquer tempo. 4. Gravidade, antecedentes e tempo da medida: não impedem a substituição por medida menos severa. 5. Substituição por medida mais severa: exige fundamentação em parecer técnico e audiência prévia. Audiência prévia: na substituição por medida mais severa e na impugnação do PIA. 6. Unificação de medidas: A unificação de medidas ocorre quando o adolescente está cumprindo uma medida socioeducativa e se descobre a prática de um outro ato anterior, ou ainda está cumprindo uma medida e pratica um novo ato, no curso da aplicação da medida.  Audiência do promotor e do defensor: Para unificação das medidas é necessário ouvir o Promotor e o Defensor no prazo sucessivo de 3 dias.  É vedado o reinício de cumprimento de medida, salvo se praticado novo ato infracional durante a execução.  É vedada a regressão de medida e a aplicação de nova medida fundadas em atos infracionais pretéritos (“Absorção dos atos infracionais anteriores”) Se o adolescente está cumprindo medida socioeducativa e se tem o conhecimento que praticou um outro ato antes do início de cumprimento da medida socioeducativa, esse ato anterior não se leva em consideração, é irrelevante. Só é relevante se o novo ato infracional ocorrer durante a execução de uma medida socioeducativo. Essa é a regra da absorção dos atos infracionais anteriores. Obs.: O tempo de prisão cautelar não convertida em pena privativa de liberdade: deve ser descontado. Exemplo: imagine que um adolescente pratique um ato infracional com 17 anos. Está cumprindo sua medida de internação, que tem prazo máximo de 3 anos e saída compulsória aos 21 anos. Nesse tempo, alega-se que ele praticou um crime, durante o cumprimento da medida socioeducativa (porque já é maior de 18 anos). É preso cautelarmente (saiu da unidade de internação e foi cumprir pena de prisão) por 6 meses, e posteriormente solto por não ter sido convertida em prisão privativa de liberdade. O tempo que ele cumpriu pena cautelarmente como adulto será descontado do prazo máximo de 03 anos. 7. Extinção da Medida Socioeducativa: a. Morte; b. Realização da finalidade da medida; c. Aplicação de pena privativa de liberdade em regime fechado ou semiaberto, ainda que em execução provisória. Se teve condenação, e o adolescente começou a cumprir pena, extingue-se a medida socioeducativa. Obs.: O simples “responder a processo-crime” (estar sendo processado/ainda não está cumprindo pena decorrente de sentença) apenas permite ao juiz extinguir a execução da medida socioeducativa. d. Doença grave do adolescente, que exija tratamento especializado e torne inviável o cumprimento da medida socioeducativa. 8. Mandado de busca e apreensão: na hipótese em que o adolescente não é encontrado. É válido por no máximo 6 meses, podendo ser prorrogado fundamentalmente. 9. Sanção disciplinar de isolamento: Em regra: é vedada a aplicação de sanção disciplinar de isolamento a adolescente. Mas há uma exceção: quando ela seja imprescindível para garantia da segurança de outros internos ou do próprio adolescente a quem seja imposta a sanção, sendo necessária ainda comunicação ao defensor, ao Ministério Público e à autoridade judiciária em até 24 (vinte e quatro) horas. (FCC – Defensor Público – SP/2009): Dentre os temas que resultaram na edição de SÚMULAS pelo Superior Tribunal de Justiça a respeito da aplicação e execução de medidas socioeducativas encontram-se: a) nulidade da desistência de provas em face da confissão do adolescente, aplicabilidade da prescrição penal às medidas socioeducativas, necessidade de oitiva do adolescente antes da decretação da regressão. CORRETA b) competência exclusiva do juiz para aplicação de medida socioeducativa, improrrogabilidade do prazo de internação provisória, caráter sempre público da ação socioeducativa. c) cabimento de medida em meio aberto com remissão, nulidade da desistência de provas em face da confissão do adolescente

a) nulidade da desistência de provas em face da confissão do adolescente, aplicabilidade da prescrição penal às medidas socioeducativas, necessidade de oitiva do adolescente antes da decretação da regressão.
b) competência exclusiva do juiz para aplicação de medida socioeducativa, improrrogabilidade do prazo de internação provisória, caráter sempre público da ação socioeducativa.
c) cabimento de medida em meio aberto com remissão, nulidade da desistência de provas em face da confissão do adolescente

Essa pergunta também está no material:

Aula 05 - ECA
28 pág.

Estatuto da criança e do adolescente (ECA) Universidade Estácio de SáUniversidade Estácio de Sá

💡 1 Resposta

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A alternativa correta é a letra A: "nulidade da desistência de provas em face da confissão do adolescente, aplicabilidade da prescrição penal às medidas socioeducativas, necessidade de oitiva do adolescente antes da decretação da regressão".

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