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Bem fácil de pronunciar, não é? Essas cefaleias caracterizam-se por crises súbitas de dor em facada e unilateral, que dura apenas poucos segundos, ...

Bem fácil de pronunciar, não é? Essas cefaleias caracterizam-se por crises súbitas de dor em facada e unilateral, que dura apenas poucos segundos, mas que pode ocorrer centenas de vezes por dia. Com frequência, as crises são desencadeadas por estímulos táteis ou cutâneos, como tomar banho, escovar os cabelos ou fazer a barba. A SUNCT manifesta-se com hiperemia conjuntival e lacrimejamento, enquanto a SUNA apresenta outras características autonômicas e pode incluir hiperemia conjuntival OU lacrimejamento, mas não ambos. Essas cefaleias são muito breves para serem tratadas de forma aguda (embora a lidocaína IV possa ser utilizada em casos particularmente graves). A lamotrigina constitui o tratamento de primeira linha para profilaxia. Hemicrania paroxística. Essas crises assemelham-se clinicamente à SUNCT e à SUNA, porém são de maior duração (2-30 minutos por crise) e ocorrem com menos frequência (1-40 crises/dia). As cefaleias também são muito breves para um tratamento agudo, porém respondem à profilaxia com indometacina. Cefaleia em salvas. Trata-se do tipo mais comum de CTA, porém, mais uma vez, é muito menos comum do que a migrânea ou a cefaleia tipo tensional. Em comparação com a hemicrania paroxística, as cefaleias em salvas podem ser de maior duração (15 minutos a 3 horas), porém geralmente ocorrem com menos frequência (1-8 ataques/dia). Tendem a surgir em ciclos de 6 a 12 semanas de duração e, com frequência, manifestam-se de modo circadiano, com crises que ocorrem diariamente no mesmo horário. A dor é intensa e frequentemente associada a uma sensação de inquietação (diferentemente da migrânea, em que o paciente deseja permanecer deitado e quieto). Agudamente, as cefaleias em salvas podem ser tratadas com oxigênio (100% sem reinalação) e triptanas administradas por via subcutânea ou por spray nasal. O verapamil é o medicamento mais frequentemente usado para prevenção. O topiramato, o ácido valproico, o lítio e a indometacina são opções de segunda linha. O galcanezumabe, um dos anticorpos monoclonais anti-CGRP, também foi aprovado para o tratamento profilático da cefaleia em salvas. Como são necessárias algumas semanas para que esses medicamentos possam atuar, utiliza-se com frequência um curto ciclo de esteroides nesse intervalo de tempo. Os bloqueios dos nervos occipitais também demonstraram ser úteis para reduzir a duração dos períodos de salvas nesses pacientes. Hemicrania contínua. Essas cefaleias persistem por vários dias a meses de cada vez. Caracterizam-se por dor constante, leve a moderada, que é intermitentemente pontuada por uma dor aguda, em facada e mais intensa. Podem ser acompanhadas de sensação de corpo estranho ou prurido nos olhos, bem como por outras características mais típicas de migrânea, como náusea, vômitos, fotofobia e fonofobia. Observa-se a presença de sintomas autonômicos associados, que frequentemente são menos proeminentes do que nas outras CTAs. A hemicrania contínua sempre responde à indometacina: se não houver melhora com a indometacina, não se trata de hemicrania contínua. Algumas bancas de Residência gostam de perguntar sobre algumas cefaleias primárias mais raras. Dentre elas, merecem atenção especial a cefaleia orgástica e a cefaleia nova diária persistente. A cefaleia orgástica, também conhecida como cefaleia sexual, cefaleia sexual vascular benigna, cefalalgia coital, cefaleia de intercurso, cefalalgia orgástica e cefaleia pré-orgástica, acomete cerca de 1% da população, sendo mais comum em homens (2,9:1), portadores de enxaqueca (25%), cefaleia benigna do esforço (29%) e cefaleia do tipo tensão (45%). A idade média de surgimento é de 35 anos e as características clínicas incluem localização bilateral em 2/3 dos pacientes, localização occipital ou difusa, súbita ou gradual, intensidade leve a grave, pulsátil ou em aperto e duração de minutos a horas. Não é acompanhada de manifestações autonômicas e suas crises são imprevisíveis. Podem ocorrer tanto durante o coito quanto na masturbação. É dividida em dois tipos: Acredita-se que sejam espectros da mesma doença. De qualquer forma, a cefaleia orgástica está mais associada com a ocorrência de AVC. O diagnóstico é de exclusão e obriga que sejam solicitados exames de neuroimagem cerebral e neurovascular, para excluir a presença de hemorragias cerebrais. Ela é um dos tipos de cefaleia em trovoada (thunderclap headache), cu

Essa pergunta também está no material:

APG CEFALEIAS
90 pág.

Sociologia Colegio ImpactoColegio Impacto

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A descrição se refere a diferentes tipos de cefaleias primárias, incluindo SUNCT, SUNA, hemicrania paroxística, cefaleia em salvas, hemicrania contínua, cefaleia orgástica e cefaleia nova diária persistente. Cada tipo de cefaleia tem suas próprias características clínicas, incluindo duração, frequência, intensidade e sintomas associados. O tratamento varia de acordo com o tipo de cefaleia, mas a profilaxia é frequentemente utilizada para prevenir as crises. A indometacina é eficaz no tratamento da hemicrania contínua, enquanto o verapamil é frequentemente usado para prevenir a cefaleia em salvas. A cefaleia orgástica é um tipo raro de cefaleia que pode ocorrer durante o coito ou masturbação e é mais comum em homens. O diagnóstico é de exclusão e exames de neuroimagem cerebral e neurovascular são necessários para excluir a presença de hemorragias cerebrais.

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