Leia o fragmento da crônica "Corretor traidor", do escritor angolano José Eduardo Agualusa, para responder à questão. O meu primeiro romance foi ba...
Leia o fragmento da crônica "Corretor traidor", do escritor angolano José Eduardo Agualusa, para responder à questão. O meu primeiro romance foi batido, tecla a tecla, numa velha máquina de escrever, daquelas que tilintavam a cada vez que se concluía uma linha. Nessa época, mil e tantos anos atrás, o corretor ortográfico vinha dentro de um frasquinho de vidro, e incluía um pequeno pincel. Sempre que cometíamos um erro passávamos o pincel pela palavra a corrigir, depois de o termos mergulhado no corretor, e ela ficava coberta por uma fina camada de tinta branca. O erro desaparecia. Então, datilografávamos em cima. Era um pricesso difícil, moroso e extremamente irritante. Esta tecnologia primitiva, porém, tinha o imenso mérito de nos fazer refletir muito, antes de nos aventurarmos a escrever fosse o que fosse. A proliferação dos computadores pessoais fez com que passássemos a escrever de forma muito mais rápida e menos ponderada. Uma vertigem. As redes sociais aceleraram ainda mais este processo de degradação do pensamento. AGUALUSA, José Eduardo. Corretor traidor.
No fragmento, as formas verbais do pretérito ora descrevem processos corriqueiros, ora apresentam episódios pontualmente. Essa diferença entre aspecto durativo e aspecto pontual do verbo pode ser exemplificada, respectivamente, por
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