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FORMAÇÃO DE CONSELHEIROS MÓDULO 1 | Histórico dos Conselhos da Comunidade 12 Responsabilidades do CNPCP 8 7 6 5 4 3 2 1 9 Representar ao juiz da ex...

FORMAÇÃO DE CONSELHEIROS MÓDULO 1 | Histórico dos Conselhos da Comunidade 12 Responsabilidades do CNPCP 8 7 6 5 4 3 2 1 9 Representar ao juiz da execução ou à autoridade administrativa para instauração de sindicância ou procedimento administrativo, em caso de violação das normas referentes à execução penal. Propor diretrizes da política criminal. Estimular e promover a pesquisa criminológica. Promover a avaliação periódica do sistema criminal. Contribuir na elaboração de planos nacionais. Inspecionar e fiscalizar os estabelecimentos penais, propondo às autoridades dela incumbida as medidas necessárias ao seu aprimoramento. Estabelecer critérios para a elaboração de estatística criminal. Estabelecer regras sobre a arquitetura e construção de estabelecimentos penais. Elaborar programa nacional penitenciário de formação do servidor. CONSELHO DA COMUNIDADE E CONTROLE SOCIAL: FORMAÇÃO DE CONSELHEIROS MÓDULO 1 | Histórico dos Conselhos da Comunidade 13 Além disso, também é sua responsabilidade representar à autoridade competente para a interdição de estabelecimento penal (Capítulo II). Vejamos as responsabilidades dos demais órgãos, a seguir. • Juízo da Execução O Juízo da Execução Penal compete ao juiz indicado na lei local de organização judiciária e, na sua ausência, ao juiz responsável pela sentença. O juiz responsável pela execução penal tem, entre outras, as seguintes competências: a) decidir administrativamente sobre a execução da pena concedida; b) zelar pelo correto cumprimento da pena e da medida de segurança; c) inspecionar, mensalmente, os estabelecimentos penais, tomando providências para o adequado funcionamento e d) compor e instalar o Conselho da Comunidade (Capítulo III). • Ministério Público O Ministério Público é responsável pela fiscalização da execução da pena e da medida de segurança, oficiando no processo executivo e nos incidentes da execução. Cabe também ao Ministério Público realizar visitas mensais aos estabelecimentos penais (Capítulo IV). • Conselho Penitenciário O Conselho Penitenciário é instituído como órgão consultivo e fiscalizador da execução da pena. Seus membros são nomeados pelo governador do estado, do Distrito Federal e dos territórios. É integrado, assim como no CNPCP, por professores e profissionais da área do Direito Penal, Processual Penal, Penitenciário e ciências correlatas. Incumbe ao Conselho Penitenciário: a) emitir parecer sobre indulto e comutação da pena; b) inspecionar os estabelecimentos e serviços penais; c) apresentar ao CNPCP relatórios anuais dos trabalhos realizados e d) supervisionar os patronatos e a assistência aos egressos (Capítulo V). • Departamentos Penitenciários Entre os Departamentos Penitenciários, são instituídos, no capítulo VI, o Departamento Penitenciário Nacional (DEPEN) e os Departamentos Penitenciários locais (estaduais). O DEPEN, subordinado ao Ministério da Justiça, é órgão executivo da Política Penitenciária Nacional e de apoio administrativo e financeiro do CNPCP e tem entre suas atribuições: a) acompanhar a aplicação das normas da execução penal no país; b) inspecionar e fiscalizar periodicamente os estabelecimentos e serviços penais; c) assistir tecnicamente as unidades federativas na implantação dos princípios e regras estabelecidos na LEP; d) colaborar com as unidades federativas mediante convênios, na implantação de estabelecimentos e serviços penais; e) colaborar com a unidades federativas para a realização de cursos de formação de pessoal penitenciário e de ensino profissionalizante do condenado e do internado e f) coordenar e supervisionar os estabelecimentos penais federais; etc. • Patronato O Patronato, público ou particular, destina-se a prestar assistência aos albergados e aos egressos (entendidos como os liberados definitivos, pelo prazo de um ano a contar da saída do estabelecimento, e os liberados condicionais, durante o período de prova). Tem por atribuição: a) orientar os condenados à pena restritiva de direitos; b) fiscalizar o cumprimento das penas de prestação de serviços à comunidade e de limitação de fim de semana e c) colaborar na fiscalização do cumprimento das condições da suspensão e do livramento condicional (Capítulo VII). • Conselhos da Comunidade Os Conselhos da Comunidade, instituídos pelos juízes da execução, são constituídos no âmbito das comarcas no Brasil. Atualmente, há 2.702 comarcas que congregam os 5.570 municípios brasileiros (CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA, 2019). De acordo com o texto legal, o conselho deve ser composto, no mínimo, por um representante da associação comercial ou industrial, um advogado indicado pela Seção da Ordem dos Advogados do Brasil, um defensor público indicado pelo Defensor Público Geral (incluído pela Lei n. 12.313/2010) e um assistente social escolhido pela Delegacia Seccional do Conselho Nacional de Assistentes Sociais (art. 80). Na falta da representação prevista, fica a critério do juiz da execução a escolha dos integrantes. A instalação do conselho é uma atribuição do juiz de execução penal (artigo 66, inciso IX). Tais conselhos são responsáveis por: a) visitar estabelecimentos penais; b) entrevistar presos; c) apresentar relatórios mensais ao juiz e ao Conselho Penitenciário e d) diligenciar a obtenção de recursos materiais e humanos para melhor assistência ao preso (capítulo VIII). • Defensoria Pública Por fim, a Defensoria Pública, introduzida na LEP como órgão da execução penal pela Lei n° 12.313, de 2010. Cabe à Defensoria Pública velar pela regular execução da pena e da medida de segurança, oficiando no processo executivo e nos incidentes da execução. Entre suas atribuições, consta: a) visitar os estabelecimentos penais, tomando providências para o adequado funcionamento e b) requerer, quando for o caso, a apuração de responsabilidade (capítulo IX). Veja a seguir os órgãos da execução penal por tipo de função. Há uma complexidade interinstitucional a ser considerada nas funções dos órgãos de execução penal que envolve a diferença entre os Poderes Executivo e Judiciário e entre os níveis federativos. A rigor, os estados e o Distrito Federal são os responsáveis pela formulação e implementação da política penal e são submetidos a medidas orientadoras e consultivas de outros órgãos, como o Conselho Penitenciário – no mesmo nível federativo –, o CNPCP e o DEPEN, em suas orientações e recomendações realizadas no âmbito federal. E são, ainda, passíveis de fiscalização por todos os órgãos da execução penal. Orgãos da execução penal, por tipo de função Consultiva/ orientadora Fiscalizadora Executiva Conselho Penitenciário Ministério Público Departamentos penitenciários locais Defensoria Pública CNPCP DEPEN Patronato Juiz Conselho da Comunidade CONSELHO DA COMUNIDADE E CONTROLE SOCIAL: FORMAÇÃO DE CONSELHEIROS MÓDULO 1 | Histórico dos Conselhos da Comunidade 16 Entretanto, é possível identificar a natureza executiva em outros órgãos da execução penal. O Departamento Penitenciário Nacional também possui uma função executiva na política penal, ao gerenciar as cinco penitenciárias federais existentes no Brasil; os patronatos, além de sua função de fiscalização da pena, possuem função de assistência direta aos albergados e egressos do sistema prisional; e os juízes da execução são responsáveis por decidir administrativamente sobre o cumprimento da pena. E, por fim, os Conselhos da Comunidade têm a possibilidade de executar diretamente medidas de assistência às pessoas privadas de liberdade, além de fiscalizar as condições dos estabelecimentos penais. 2.2 Os Conselhos da Comunidade Os Conselhos da Comunidade incorporam cidadãos e representantes de entidades de classe na lógica de inspeção e fiscalização do sistema prisional, mas há uma lacuna normativa em relação a potenciais pontos de interlocução e encaminhamento de demandas diretamente ao Poder Executivo. Foto: © [rafapress] / Shutterstock. CONSELHO DA COMUNIDADE E CONTROLE SOCIAL: FORMAÇÃO DE CONSELHEIROS MÓDULO 1 | Histórico dos Conselhos da Comunidade 17 Ou seja, interpretando a letra da lei, uma vez identificadas demandas nas inspeções, os conselheiros podem

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Módulo 1 - Histórico dos Conselhos da Comunidade
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