O texto aborda o legado de depreciação e demonização das práticas religiosas, especialmente das religiões afro-brasileiras, que ainda sofrem com a pecha de feitiçaria diabólica. Esse legado é resultado das ações doutrinárias da Igreja Romana, que estavam intimamente ligadas aos processos de expansão territorial da colonização europeia e de pilhagem dos recursos humanos e naturais das colônias desde o século XVI. Além disso, a narrativa da superioridade europeia em termos políticos, culturais e religiosos foi estabelecida sob a lógica da diferença entre Europa e não Europa como “diferenças de natureza racial e não de história do poder”. Essas estratégias de dominação ideológica a partir da imposição opressiva dos modelos culturais europeus, e a concomitante denegação do negro (e do índio) de si, assim como a dominação econômica, fez parte do processo de subjugação colonial.
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