Sim, o juiz pode aceitar os documentos apresentados pelo SINTIABRA como prova de sua legitimidade para representar os trabalhadores e prosseguir com o Mandado de Segurança. O Artigo 8º, III, da Constituição Federal de 1988, estabelece que é livre a associação profissional ou sindical, sendo vedada a interferência estatal na organização sindical. Além disso, o Artigo 511 da CLT dispõe que é lícita a associação para fins de estudo, defesa e coordenação dos seus interesses econômicos e profissionais. O Artigo 17 do CPC estabelece que a legitimidade para agir em juízo compete àqueles que têm interesse na demanda, podendo ser substituídos pelo Ministério Público, pela Defensoria Pública, pela União, pelos Estados e pelos Municípios quando a lei assim determinar. Já o Artigo 18 do CPC prevê a possibilidade de substituição processual, ou seja, a legitimação extraordinária para agir em nome próprio em defesa de interesses alheios, desde que autorizada por lei. No caso em questão, o SINTIABRA é uma associação sindical livremente constituída pelos trabalhadores da indústria alimentícia de Brasilândia de Minas, com o objetivo de defender seus interesses econômicos e profissionais. Além disso, apresentou os documentos necessários para comprovar sua existência e legitimidade, como a ata de fundação, estatuto, CNPJ e assinaturas dos empregados. Assim, com base no Artigo 18 do CPC, que permite a substituição processual, e nas formalidades cumpridas pelo SINTIABRA, o juiz pode aceitar os documentos como prova de legitimidade do sindicato para representar os trabalhadores e prosseguir com o Mandado de Segurança.
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