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Texto I: No Código Civil de 1916 a adoção foi regulamentada como um instituto jurídico que supria a deficiência da natureza, dando filho a quem nã...

Texto I: No Código Civil de 1916 a adoção foi regulamentada como um instituto jurídico que supria a deficiência da natureza, dando filho a quem não podia tê-lo. Assim, assentava o art. 368 desse Código anterior que só podiam adotar os maiores de 50 anos, que não tivessem prole legítima ou legitimada. O adotante deveria ser pelo menos dezoito anos mais velho que o adotado (art. 369, seguinte), só possibilitando o Código que duas pessoas adotassem, se fossem marido e mulher (art. 370). Foi, então, editada a lei nº 3.133/57, que retirou da adoção essa ideia egoística de resolver um problema do adotante, que não podia ter filho, dando-lhe um caráter social, de adaptar uma pessoa no lar, possibilitando a adoção por pessoas de mais de trinta anos, com ou sem prole natural. Todavia, a adoção não envolvia direito sucessório se o adotante tivesse filho. Tal se deu com a nova delação dada ao art. 377 do Código Civil de 1916, pela aludida lei nº 3.133/57, verbis: “Quando o adotante tiver filhos legítimos, legitimados ou reconhecidos, a relação de adoção não envolve a de sucessão hereditária”. Esse texto sempre foi de absoluta inconstitucionalidade [...]. Assim, foi até a Constituição Federal, de 5 de outubro de 1988, que, pelo § 6º do art. 227, igualou, para todos os efeitos, todos os filhos, inclusive os adotivos. Aponta Carlos Roberto Gonçalves que a adoção disciplinada pelo Código Civil de 1916 “não integrava o adotado, totalmente na nova família”, mostrando que, nessa situação pouco satisfatória, tendo os adotantes que partilhar o filho adotivo com a família biológica, ocasionou a prática ilegal de registrarem filho alheio em nome próprio, em verdadeiro “simulacro” de adoção, denominado pela Jurisprudência de “adoção simulada” ou “adoção à brasileira”. Paralelamente à lei nº 3.133/57, foi criada a legitimação adotiva, pela lei nº 4.655/65, para proteger o menor abandonado, estabelecendo um vínculo de parentesco de primeiro grau, em linha reta, entre adotante e adotado. Com o registro da sentença no registro

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civil, o adotado passava a ter o nome da família adotante e todos os direitos e deveres inerentes à filiação legítima. Qual foi a principal mudança trazida pela lei nº 3.133/57 em relação à adoção no Código Civil de 1916? A principal mudança trazida pela lei nº 3.133/57 em relação à adoção no Código Civil de 1916 foi retirar da adoção a ideia egoísta de resolver um problema do adotante, que não podia ter filho, dando-lhe um caráter social, de adaptar uma pessoa no lar, possibilitando a adoção por pessoas de mais de trinta anos, com ou sem prole natural.

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