Charles Spearman e Howard Gardner são dois psicólogos que desenvolveram teorias importantes sobre inteligência, mas com abordagens bastante distintas. Teoria da Inteligência Geral (fator "g") de Spearman: Spearman propôs que a inteligência é uma capacidade mental única e geral, conhecida como fator "g" (fator geral), que influencia o desempenho em diferentes tarefas cognitivas. Para Spearman, as diferenças individuais na inteligência podem ser explicadas principalmente pela variação no fator "g". Ele acreditava que todas as habilidades intelectuais estavam correlacionadas positivamente, ou seja, quem era bom em uma área também seria bom em outras. Teoria das Inteligências Múltiplas de Gardner: Gardner propôs que a inteligência não pode ser simplesmente medida por um único número (como o QI), mas que ela se manifesta de diversas formas. Ele identificou inicialmente sete inteligências: linguística, lógico-matemática, espacial, musical, corporal-cinestésica, interpessoal e intrapessoal, e mais tarde acrescentou a inteligência naturalista e possivelmente a existencial. Gardner argumenta que as pessoas podem ter diferentes perfis de inteligência, sendo possível ser altamente inteligente em uma área e menos em outras. Assim, enquanto Spearman enfatizava a existência de uma única e geral capacidade mental, Gardner argumentava que a inteligência é mais complexa e pode se manifestar de várias formas, cada uma delas representando uma inteligência distinta.