"Efetivamente, a memória, e a história, precisamente na medida em que é constituída sobre farrapos da memória são obrigatoriamente seletivas. Os ve...
"Efetivamente, a memória, e a história, precisamente na medida em que é constituída sobre farrapos da memória são obrigatoriamente seletivas. Os vestígios de que falamos não estão uniformemente repartidos. Há buracos nos tecidos; mas estes buracos nem todos são acidentais, nem todos são efeitos de uma degradação, da usura do tempo; existem lacunas, porque certos elementos do passado deixaram vestígios menos duradouros que outros." DUBY, Georges & LARDREAU, Guy. Diálogos sobre a nova história. Lisboa: Publicações Dom Quixote, 1989. pp.61-62. Sobre esta passagem é possível afirmar: A memória e o esquecimento são pares que o historiador deve considerar ao trabalhar com certas tipologias de fontes. O esquecimento é produto da ação das ideologias de direita ou esquerda sobre as pessoas comuns. As fontes orais são as únicas fonte utilizadas pelos historiadores que são definidas como neutras e imparciais. A história oral é a metodologia básica da chamada ¿nova história¿ que se propõe democrática, mostrando personagens e projetos que não foram registrados em fontes oficiais. Os relatos baseados em memórias não são fontes possíveis ao historiador, pois não são comprovadamente verdadeiras.
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