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PATOLOGIAS NAS ESTRUTURAS EM MADEIRA UNIDADE IV TÉCNICAS DE TRATAMENTO Elaboração Vinícius Sandovani da Silva Alves Produção Equipe Técnica de Aval...

PATOLOGIAS NAS ESTRUTURAS EM MADEIRA UNIDADE IV TÉCNICAS DE TRATAMENTO Elaboração Vinícius Sandovani da Silva Alves Produção Equipe Técnica de Avaliação, Revisão Linguística e Editoração SUMÁRIO UNIDADE IV TÉCNICAS DE TRATAMENTO ............................................................................................................................................................5 CAPÍTULO 1 TÉCNICAS DE TRATAMENTO COM LIGAÇÕES ................................................................................................................... 6 CAPÍTULO 2 TÉCNICAS DE TRATAMENTO COM ADESIVOS E RESINAS .......................................................................................... 10 CAPÍTULO 3 TÉCNICAS DE TRATAMENTO COM REFORÇO E SUBSTITUIÇÃO .............................................................................. 15 REFERÊNCIAS ...............................................................................................................................................22 to da estrutura. Objetiva-se com o tratamento manter ou restaurar as características estéticas, funcionais e/ou estruturais das estruturas de madeira. Os tratamentos estruturais podem ser divididos em duas classes: reforços e reabilitação. Quando a estrutura apresenta capacidade resistente residual, mas em valor inferior ao necessário, e por meio de alguma técnica é adicionada capacidade portante à estrutura, esse método é denominado de reforço. Já na reabilitação a peça é reconstituída (reparada) para que retome sua capacidade original. Porém, para questões práticas, a diferenciação entre reforço e reabilitação não tem muita serventia, visto que nos dois, o objetivo principal é tratar a estrutura, tornando-a funcional novamente. Diversos fatores podem afetar o tipo de técnica a ser utilizado, desde questões financeiras (mais econômica) até problemas executivos. Logo nunca existirá uma única forma de tratar uma manifestação patológica, pois o tratamento ideal dependerá de análise do caso em particular. Brito (2014) afirma que o profissional responsável pelo tratamento deve possuir experiência suficiente para determinar os melhores métodos possíveis, considerando diversos fatores, tais como: interesse dos usuários, custos, sustentabilidade e prevenção a ataques futuros. O trabalho de intervenções em estruturas é repleto de singularidades, uma vez que erros, durante a execução ou em estimativas, podem levar ao colapso total da estrutura. De maneira geral, as intervenções em estruturas de madeira devem ser acompanhadas de um engenheiro estrutural, capaz de avaliar a capacidade resistente residual e, conforme o caso, determinar se é necessário escoramento; caso seja, como este será disposto. 6 CAPÍTULO 1 TÉCNICAS DE TRATAMENTO COM LIGAÇÕES Dentre as diversas técnicas de tratamento em estruturas de madeira, uma das principais e mais utilizadas é a utilização de elementos de fixação (em regra, metálicos ou de madeira) para reforço ou enrijecimento dos elementos estruturais. Geralmente o reforço é realizado com materiais e métodos tradicionais (como madeira ou aço). Uma das desvantagens dessas técnicas é que podem alterar a aparência e autenticidade da estrutura de madeira (BRITO, 2014). 1.1. Adição de peças utilizando pregos e parafusos Nessa técnica a seção transversal da peça é aumentada por meio da adição de um material resistente. Essa peça adicionada pode ser metálica, de madeira, ou outro elemento com capacidade resistente o suficiente para reforçar a estrutura, e a ligação do reforço poderá ser realizada de diferentes maneiras, com pregos, parafusos e raramente com adesivos (COSTA, 2009). Dias (2008) alerta que, caso seja utilizado madeira como material de reforço, esta deve ter um teor de água semelhante (ou o mais próximo possível) ao da madeira reforçada. Segundo Ritter (1990), essa técnica pode ser utilizada de duas maneiras: » tratamento com adição de peças pontuais: nesse caso, serão reforçadas somente regiões críticas que tiveram um processo deteriorativo grave, reduzindo consideravelmente a seção; que, como consequência dos danos e redistribuição de esforços, ficaram mais solicitadas do que o previsto em projeto; ou que tiveram outro tipo de dano que afetou pontualmente a estrutura. Para que seja utilizado o reforço pontual, é preciso que o local de reforço esteja claramente definido. De acordo com Brito (2014), para garantir a transmissão do esforço da peça danificada para o reforço, a região danificada deve ser cortada da forma mais simétrica possível. Figura 33. Reforço com adição de peças pontuais. Reforço com peças de madeira Reforço com perfis metálicos Fonte: Uzielli, 1995 apud Brito, 2014. Fonte: Arriaga et al., 2002 apud Costa, 2009. » tratamento com adição de peças ao longo de todo o elemento: nesse caso, o reforço será utilizado/fixado ao longo de todo o elemento estrutural, ou em parte substancial 7 TÉCNICAS DE TRATAMENTO | UNIDADE IV deste. Segundo Brito (2014), essa técnica está mais relacionada ao enrijecimento do elemento estrutural, que apresenta capacidade resistente insuficiente. Figura 34. Reforço com adição de peças ao longo de todo o elemento. Fonte: Arriaga et al., 2002 apud Costa, 2009. A definição de qual método será utilizado dependerá de diversos fatores, como custo total, estética, grau de deterioração da estrutura, prazo, dentre outros. Porém, apesar da maneira de reforço escolhida, é importante que seja realizada a análise global da estrutura, para que se possa verificar a distribuição de tensões após dano e após reforço. Para Brito (2014), independentemente da maneira de reforço, são desaconselháveis situações que resultem em cargas excêntricas ou tensões perpendiculares às fibras. 1.2. Adição de peças coladas O sistema de tratamento por adição de peças coladas nada mais é que a colagem de placas ou chapas (metálicas ou de madeira) nas regiões danificadas, utilizando adesivos epóxis. Assim como nas demais situações em que é usado, devem ser tomados cuidados para garantir a adequada adesão do adesivo, como não utilizar madeira com umidade elevada ou tratada com preservativos oleosos (BRITO, 2014). As peças podem ser coladas pontualmente ou em torno de todo o elemento. Para que essa ligação trabalhe adequadamente, é importante que o material de reforço se fixe corretamente na peça e, assim, consiga transferir e receber esforços da estrutura. No caso de adição de peças de madeira, para melhorar a transferência de esforços e a ligação entre as peças, podem ser utilizadas barras, transpassando os dois elementos, que funcionarão como um elemento adicional de transferência de solicitações. Figura 35. Técnica para aumento da inércia por adição de peças coladas. Fonte: Arriaga et al., 2002 apud Costa, 2009. 8 UNIDADE IV | TÉCNICAS DE TRATAMENTO Quanto à ligação das peças, Uzielli (1995) apud Brito (2014) alerta que, para os casos em que foram usadas diferentes técnicas de ligação em um mesmo elemento, como pregos ou parafusos com adesivos, a eficiência da ligação não será igual à soma de seus valores individuais, pois, como os adesivos são mais rígidos, estes trabalharão quase que sozinhos e, somente no caso de falha, o parafuso ou prego (mais dúcteis) começarão a trabalhar. Portanto é interessante utilizar o prego ou parafuso quando o método de ligação é o adesivo, para funcionar como um sistema de segurança. 1.3. Costuras ou travamentos de fendas e delaminações das placas coladas Um dos defeitos naturais típicos associados à madeira é o desenvolvimento de fendas longitudinais de extremidade. Esses fendilhamentos podem ser observados principalmente em madeiras serradas ou em madeira laminada colada (MLC). No caso da MLC, essas fendas surgem principalmente devido a problemas na colagem entre as lâminas da peça e são denominados também de delaminações (destacamento de lâminas coladas). Independentemente do tipo de fenda detectada, o primeiro ponto a ser determinado é se a fenda é originária de um defeito natural durante a secagem ou gerada por uma sobrecarga ou falha nos detalhes do projeto estrutural (RITTER, 1990). Essa técnica é usada sobretudopara a contenção do fendilhamento, pressionando a peça na direção perpendicular à fenda, evitando que esta continue crescendo. Para Ritter (1990), a contenção pode ser feita de dois modos: » travamento: realizado com abraçadeiras compostas por chapas metálicas, parafusos passantes, com arruelas e porcas. Dentre os dois métodos possíveis, esse é o mais eficiente para seções não reduzidas e para evitar a evolução das fendas; » costura: nesse caso, podem ser utilizados parafusos passantes, como arruelas e porcas, ou parafusos de rosca

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patologias_nas_estruturas_em_madeira_unidade_iv
25 pág.

Estruturas de Madeira Universidade de FortalezaUniversidade de Fortaleza

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Parece que você inseriu um texto extenso sobre patologias em estruturas de madeira. Como posso te ajudar com base nesse texto?

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