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Por que Freud provocou tanta animosidade? Além da descoberta do inconsciente, que retira do homem o domínio sobre sua vontade e razão, Freud revela...

Por que Freud provocou tanta animosidade? Além da descoberta do inconsciente, que retira do homem o domínio sobre sua vontade e razão, Freud revela-nos a sexualidade infantil, ressaltando a importância da infância e dos acontecimentos vivenciados nessa etapa de nossa existência como elementos determinantes nos distúrbios de personalidade apresentados quando adulto. Para a Psicanálise, a vida mental traduz-se por um jogo de forças contrárias, que se estimulam e reprimem e que se estruturam mediante os elementos conscientes e inconscientes. Isso gera um conflito, proporcionando a variedade de comportamentos e sentimentos humanos — em última instância, a formação da nossa personalidade. Para nós, educadores, sua teoria tem uma importância vital. Seu corpo teórico é uma ferramenta mediadora na compreensão do desenvolvimento e do comportamento do nosso aluno, ressaltando os aspectos sócio-afetivos. Por que este evento estava no inconsciente? Por que o paciente não fora até então capaz de lembrá-lo? Haveria alguma força impedindo a sua revelação à consciência? Estamos diante de um novo conceito — a repressão: força que protege o indivíduo, retirando da consciência algo que ele não pode suportar. Repressão e Resistência, duas forças contrárias que protegem o indivíduo do evento doloroso. Qualquer evento percebido pelo indivíduo como da ordem do insuportável, do ameaçador, será reprimido, permanecendo fora do acesso da consciência. Porém, o fato de permanecer fora da consciência não elimina o evento traumático, pois ele permanece continuamente atuante procurando uma forma de retornar à consciência, sendo, contudo, impedido pela resistência. Como resultado dessa batalha, observamos a formação dos sintomas, que funcionam como denunciadores do sofrimento psíquico. Além desses conceitos, Freud vai falar de uma energia instintiva, ou seja, o instinto: elemento inato e representante psíquico dos estímulos que se originam no organismo e chegam à mente desejando a satisfação. Por sua vez, a satisfação dos instintos funciona como uma mola propulsora de novas fontes de motivações, denominadas pulsões. Para a criança recém-nascida que está com fome, o objeto capaz de satisfazer a sua fome é, provavelmente, o leite materno. É a ingestão do leite e não o sugar o seio que satisfaz a fome da criança. Portanto, em termos instintivos, a sucção tem por finalidade a obtenção do alimento, e este é que satisfaz o estado de necessidade orgânica caracterizado pela fome. Mas, ao mesmo tempo, ocorre também um processo paralelo de natureza sexual: a excitação dos lábios e da língua pelo peito produz uma satisfação que não é redutível à saciedade alimentar, apesar de encontrar nela o seu apoio. Assim o objeto do instinto, nesse caso, é o alimento, enquanto o objeto da pulsão sexual é o seio materno, por todas as estimulações prazerosas que ele produz. A pulsão sexual constitui um desvio do instinto. Tanto o instinto como a pulsão necessitam de uma satisfação. Freud irá denominar esse mecanismo de princípio do prazer, que ocorre mediante a escolha de um objeto para a descarga de energia. Essa, originária dos instintos e denominada por ele de libido. Libido, portanto, é uma energia afetiva de natureza sexual, e, como veremos mais à frente, passa por progressivas organizações ao longo do desenvolvimento psicossexual em busca da obtenção do prazer. Em 1923, no período pós-Guerra, Freud apresenta a sua estrutura dinâmica da personalidade: Id, Ego e Superego.

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