Preconceito linguístico no Brasil
No Brasil, o preconceito linguístico é muito perceptível em dois âmbitos: no regional e no socioeconômico. No primeiro caso, é comum que os agentes estejam nos grandes centros populacionais, os quais monopolizam cultura, mídia e economia, como Sudeste e Sul. As vítimas, por sua vez, normalmente, estão nas regiões consideradas pelos algozes como mais pobres ou atrasadas culturalmente (como Nordeste, Norte e Centro-Oeste). Rótulos como o de “nordestino analfabeto” ou de “goiano caipira”, infelizmente, ainda estão presentes no pensamento e no discurso de muitos brasileiros. No segundo caso, o preconceito linguístico dirige-se da elite econômica para as classes mais pobres. Muitos indivíduos, inclusive, usam a língua como ferramenta de dominação, visto que o desconhecimento da norma-padrão, de acordo com essas pessoas, representaria um baixo nível de qualificação profissional. Por essa razão, muitas pessoas permanecem nos subempregos e com péssima remuneração. Resumindo, o preconceito linguístico é um dos pilares de manutenção da divisão de classes no Brasil. A participação de escola, família e mídia na propagação do princípio da adequação linguística é fundamental para o fim do preconceito linguístico.
Fonte: BERALDO, J. Preconceito linguístico. Brasil Escola, [s.d.]. Disponível em: https://brasilescola.uol.com.br/portugues/preconceito-linguistico.htm.
Após refletir sobre o texto, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas:
I. O preconceito linguístico possui vínculo com os âmbitos regional e socioeconômico e, desse modo, tais segmentos acabam por representar os campos de maior incidência dessa prática repugnante.
PORQUE
II. Rótulos pejorativos costumam ser, majoritariamente, aplicados por segmentos das elites econômica e intelectual contra pessoas pobres e menos escolarizadas e configuram uma tentativa das primeiras para sobrepujar as segundas.
A respeito dessas asserções, assinale a opção correta:
As asserções I e II são proposições falsas.
As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa da I.
A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I.
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