Com base nas classificações de Max Weber, podemos identificar três tipos puros de dominação legítima: a dominação tradicional, a dominação carismática e a dominação racional-legal. A dominação tradicional é aquela que se baseia em costumes e tradições estabelecidos ao longo do tempo. Um exemplo de figura que se adequa a esse tipo de dominação é o patriarca de uma família, que exerce autoridade sobre seus filhos e netos com base na tradição familiar. A dominação carismática é aquela que se baseia na entrega extra cotidiana à santidade, ao heroísmo ou à exemplaridade de uma pessoa e as ordenações por ela oriundas ou reveladas. Um exemplo de figura que se adequa a esse tipo de dominação é Martin Luther King Jr., que liderou o movimento pelos direitos civis nos Estados Unidos na década de 1960, conquistando a audiência com discursos inspiradores e uma imagem carismática. A dominação racional-legal é aquela que se baseia na legalidade e na institucionalização dos direitos. Um exemplo de figura que se adequa a esse tipo de dominação é um juiz, que exerce autoridade com base nas leis e normas estabelecidas pelo Estado. É importante ressaltar que esses tipos puros de dominação legítima não são encontrados de forma isolada na prática, mas sim combinados de diferentes formas na realidade social.
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