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O objetivo deste trabalho é fomentar o debate sobre as particularidades de acesso ao BPC por crianças e adolescentes com câncer. Para tanto, realiz...

O objetivo deste trabalho é fomentar o debate sobre as particularidades de acesso ao BPC por crianças e adolescentes com câncer. Para tanto, realizamos pesquisa bibliográfica e utilizamos como metodologia a abordagem qualitativa, compreendendo que: A abordagem qualitativa realiza uma aproximação fundamental e de intimidade entre sujeito e objeto, uma vez que ambos são da mesma natureza, se volve com empatia aos motivos, às intenções, aos projetos dos atores, a partir dos quais as ações, as estruturas e as relações tornam-se significativa. (MINAYO,1993, p.07). Assim, nos debruçamos sobre as legislações, livros e teses referentes ao tema, corroboramos com Godoy (1995, p.21) ao afirmar que “a pesquisa documental representa uma forma que pode se revestir de um caráter inovador, trazendo contribuições importantes no estudo de alguns temas”, desta forma, a metodologia utilizada trouxe subsídios para reflexões e construção deste trabalho. O BPC é um benefício, assegurado a pessoa com impedimento de longo prazo, quer sejam de natureza física, mental, intelectual ou sensorial. A LOAS considera pessoa com deficiência para efeito de concessão do benefício: Aquela que tem impedimento de longo prazo de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, o qual, em interação com uma ou mais barreiras, pode obstruir sua participação plena e efetiva na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas (art. 20, § 2º) e considera impedimento de longo prazo "aquele que produza efeitos pelo prazo mínimo de 2 (dois) anos" (art. 20, § 10). Frente aos critérios estabelecidos, o acesso ao benefício para crianças e adolescentes com câncer irá demandar serviços e ações das áreas de saúde, assistência social e previdência social, que comumente são executadas de forma isolada, dificultando o caminho percorrido pelo usuário para o acesso. Os rebatimentos da relação entre capital e trabalho têm ocasionado efeitos nefastos na proteção social brasileira, com a subordinação dos gastos sociais à lógica fiscal, e desmonte de direitos historicamente constituídos. Diante das expressões da questão social, a proteção social para as pessoas com deficiência ou com doenças crônicas tem sido marcada por restrições e/ou impossibilidades. Tais famílias enfrentam dificuldades no acesso à educação, emprego, renda etc. Concomitantemente, observa-se a exclusão de parcela destes usuários (as) em relação ao acesso ao BPC enquanto direito de cidadania, conforme Stopa (2019): Assim, a concessão do BPC para pessoa com deficiência esteve por anos associada à incapacidade para o trabalho e para a vida independente. E pode-se afirmar que ainda está associada, visto que apesar de a introdução da avaliação da deficiência ter aberto a possibilidade de discussão do conceito de deficiência, o que pouco ocorria ou não ocorria no cotidiano do trabalho no INSS, a mudança na lei não assegura a apreensão do novo entendimento de deficiência pelos profissionais envolvidos na avaliação. A materialização do acesso ao benefício através do INSS, o ajuste fiscal e reformas do Estado, aliados a falta de informações e a lógica perversa dos critérios de acesso são obstáculos no caminho percorrido pelos usuários (as). Percebe-se que os requisitos de elegibilidade do BPC trazem consigo uma seletividade que exclui uma parcela significativa de usuários, o que acaba inviabilizando a ampliação do nível de proteção social. Segundo Sposati (2004), o BPC da maneira que vem sendo instaurado e normatizado contribui com a criação de uma parcela significativa de excluídos. Para fins de conclusão deste trabalho, consideramos que o BPC é um benefício importante para garantir a ampliação da cidadania e acesso aos itens básicos para sobrevivência desse segmento populacional. Este recurso tem sido fundamental para o provimento das famílias de crianças e adolescentes com câncer, possibilitando minimamente o acesso à alimentação, transporte, por vezes medicamentos, entre outras despesas. Diante desse contexto, torna-se fundamental a consolidação do debate político sobre a Seguridade Social, pois é justamente nesse campo que a discussão acerca do BPC ganha corpo para seu aprimoramento e consolidação.

Essa pergunta também está no material:

Anais-do-IV-Congresso-de-Serviço-Social-do-IMIP-VII-Jornada-de-Serviço-Social-do-IMIP
380 pág.

Estatísitca Aplicada à Educação Física OutrosOutros

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