3/10- Acerca de uma síntese do 'racismo à brasileira', problematizada pela pesquisadora L. M. Schwaraz (2012) e que assim se expressa: 'somos racis...

3/10- Acerca de uma síntese do 'racismo à brasileira', problematizada pela pesquisadora L. M. Schwaraz (2012) e que assim se expressa: 'somos racistas, mas nosso racismo é melhor porque é mais brando que os outros', pode-se afirmar: 0 Nosso racismo é melhor do que o dos outros porque no Brasil, diferentemente dos Estados Unidos, por exemplo, os negros não são alvo de preconceito ou discriminação. Nosso racismo é brando mais tem se intensificado nos últimos vinte anos, em virtude do não posicionamento do movimento negro frente à marginalização social e econômica crescente que o elemento negro vem sofrendo na nossa sociedade. Nosso racismo, por ser mais brando, é praticamente inexistente, logo, a sociedade brasileira não pode ser considerada, propriamente, racista. Esse tipo de posicionamento revela a validade da tese de Democracia Racial: nosso racismo é verdadeiramente mais brando, pois somos uma sociedade miscigenada e harmoniosa. 0 Nosso racismo existe, mas a disseminação da tese da 'Democracia Racial' tendeu a suavizar seu impacto, mas ele existe e se manifesta, embora difícil, muitas vezes, de ser flagrado. Se manifesta por exemplo, na 'coloração branca' de certos cargos e profissões tidas como de elite, e no público que frequenta certos locais como clientes, tais como restaurantes de luxo; e na 'coloração negra' de certas profissões, como a de trabalhadores braçais (carregadores, empregados domésticos, entre outros).