A revogação possui limites e não pode ser implementada, por exemplo, nos seguintes casos: a) Atos vinculados: a revogação pressupõe mérito administ...
A revogação possui limites e não pode ser implementada, por exemplo, nos seguintes casos: a) Atos vinculados: a revogação pressupõe mérito administrativo, inexistente nos atos vinculados, como vimos há pouco. Registre-se, todavia, que o STF admite, excepcionalmente, a revogação da licença para construir o que é considerado ato vinculado (STF, 2ª Turma, RE 105.634/PR, Rel. Min. Francisco Rezek, DJ 08.11.1985, p. 20.107) b) Atos que exauriram seus efeitos ou com prazo expirado: os que já produziram seus efeitos e aqueles com prazos expirados são extintos do mundo jurídico, inexistindo a possibilidade de revogar atos inexistentes (ex.: após a extinção do vínculo funcional do servidor, o ato de exoneração não pode ser revogado). c) Atos preclusos no processo administrativo: a edição de novo ato acarreta a preclusão do anterior, que não pode mais ser revogado (ex.: impossibilidade de revogação do ato que ouviu testemunha em processo disciplinar quando a comissão já apresentou parecer final). d) Atos que geram direitos adquiridos: os atos que acarretam direitos adquiridos não podem ser revogados, tendo em vista o art. 5º, XXXVI, da CRFB e a Súmula 473 do STF. e) “Meros atos administrativos”: parcela da doutrina costuma afirmar que os “meros atos administrativos” (ex.: certidões, atestados, pareceres) não podem ser revogados, pois os efeitos destes estão estabelecidos na lei (GASPARINI, 2007, p. 109).
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