Em "O Filho Eterno", Cristóvão Tezza utiliza a terceira pessoa para abordar temas pessoais, criando uma distância crítica que enriquece o texto e permite uma análise mais objetiva dos eventos autobiográficos. A inserção ocasional da segunda pessoa confunde as fronteiras entre o narrador e o personagem, questionando a autenticidade do relato e a identidade do autor-narrador. Esse jogo complexo entre as pessoas gramaticais reflete a essência da autoficção, onde a vida pessoal se transforma em matéria literária, abrindo espaço para reflexões sobre a natureza da escrita e da experiência humana.
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