Buscar

Portanto, é o alcance do termo (elemento acidental do negócio jurídico) que fará surgir para o credor pretensão (no caso, material), potencializand...

Portanto, é o alcance do termo (elemento acidental do negócio jurídico) que fará surgir para o credor pretensão (no caso, material), potencializando seu direito de crédito. Equivale-se a pretensão à mera faculdade, de maneira que poderá ou não efetivar-se. É plenamente possível, por exemplo, que o credor, ainda que lhe seja permitido, mantenha-se inerte em relação à satisfação de sua vantagem jurídica. Mas a noção de pretensão, segundo a doutrina dualista, não corresponde, em última análise, a um agir. O suposto titular de um direito subjetivo, já exigível, poderá buscar sua satisfação perante o suposto obrigado e o faz, por definição, mediante a premente (verbo premir) do obrigado. No estágio do efetivo exercício da pretensão (o premir) o titular do direito conta, sempre, com um ato voluntário do sujeito passivo da relação jurídica material: o cumprimento espontâneo da obrigação assumida. Satisfeito o direito, ponto final. Inexistindo, contudo, o cumprimento espontâneo, nasce para o titular do suposto direito subjetivo, segundo a doutrina em destaque, ação material. É precisamente nesse estágio (de desenvolvimento do plano material) que a mera exigência dá lugar ao agir do insatisfeito. A ação de direito material “é o agir para a realização do próprio direito”. (BAPTISTA DA SILVA, Ovídio A. Direito subjetivo, pretensão de direito material e ação. p. 104). O Estado moderno, como sabido, monopolizou o poder-dever de dicção/concretização do direito, vendando, salvo raríssimas exceções, o agir privado. É, pois, esse o momento, pelo menos para a teoria dualista, de transição do plano material para o plano processual. Situado no plano processual afirma-se haver um direito subjetivo, de natureza pública – porque exercível em face do Estado – à tutela jurisdicional, que, a rigor, não se confunde com a posição jurídica suscitada em juízo (o direito subjetivo material). Para além da afirmativa, sustenta tal corrente ser aplicável ao plano processual a distinção entre direito e pretensão (agora processuais). Para parcela da doutrina, inclusive, o “direito à tutela jurídica” já “nasce dotado de pretensão”, ou seja, exigível. Não nos parece, contudo, seja a afirmativa universalizável. Seja como for, consoante tal corrente, é do efetivo exercício da pretensão à tutela jurídica estatal (ou pretensão processual) que nasce relação jurídica diversa da supostamente existente no plano material: a relação jurídica de direito processual. “Existe, portanto, o direito público à jurisdição, provido da pretensão à tutela jurídica, a qual, exercida, põe o Estado a dever a prestação jurisdicional.” Segundo a doutrina dualista, a “demanda estabelece a relação processual, que tem por sujeito ativo o autor, e por passivo, o Estado.” (ASSIS, Araken de. Cumulação de ações. p. 85.) E mais: a demanda conduz à satisfação do direito à prestação jurisdicional, ou seja, do direito subjetivo público pertencente a todo e qualquer jurisdicionado, oriundo da vedação estatal à realização da justiça privada. Nesse diapasão, independentemente da procedência ou improcedência do pedido, o direito de acesso aos tribunais encontrar-se-á satisfeito. 2. Interesse de agir. Na tradição pátria, dada à influência da doutrina professada por Enrico Tullio Liebman, é possível afirmar que o conceito de interesse de agir, identifica-se com a lição sustentada pelo renomado jurista. O interesse processual consuma-se mediante a verificação da necessidade e da utilidade da tutela jurisdicional requerida. 3. Legitimidade para a causa. La titolarità (ativa e passiva) dell’azione. Trata-se, segundo a tradição engendrada no direito pátrio, do elemento verificador da pertinência subjetiva da ação. A legitimação indica para cada processo as justas partes, as partes legítimas, ou seja, as pessoas que devem estar presentes, para que o juiz possa enfrentar, meritoriamente, determinado caso concreto. 4. Manutenção da teoria eclética do direito de agir? Qual a teoria da ação albergada pelo NCPC? Artigo 18: 1. Legitimação ordinária. Regra. Processo Civil individual. Salvo expressa autorização legal, o acesso aos tribunais deve ser realizado em nome próprio para benefício próprio. 2. Legitimação extraordinária. Substituição processual. Exceção. Processo Civil individual. Pleiteia-se, mediante expressa autorização de lei, em nome próprio visando-se benefício alheio. 3. Legitimação extraordinária. Processo Coletivo. Tutela Coletiva dos Direitos Individuais. Direitos acidentalmente coletivos. O ordenamento brasileiro nega legitimidade ao cidadão comum, individualmente considerado, para a propositura da ação coletiva que tenha por objeto a proteção/promoção de direitos individuais homogêneos. A prerrogativa, entre nós, pertence exclusivamente a determinados entes ideais que, processualmente falando, atuam na condição de substitutos dos verdadeiros beneficiários da tutela jurisdicional. outro, os adeptos da teoria ternária reduzem-nas a três: declaratória, constitutiva e condenatória. 2. Diz-se, a despeito da teoria adotada, que com a propositura de uma ação (meramente) declaratória o máximo que o autor poderá obter (uma vez que juiz julga pedido!) é uma sentença de procedência com eficácia preponderantemente declaratória. As ações (meramente) declaratórias têm por objeto, tão somente, versar acerca (a) da (in)existência ou do modo de ser de uma relação jurídica (material) ou, (b) examinar a autenticidade ou a falsidade de determinado documento. A sentença que acolhe o pedido do autor é, por definição, autosatisfativa. Artigo 20: 1. O Código admite que o interesse do demandante se limite à obtenção de tutela meramente declaratória (por definição, reitere-se, autosatisfativa), cingindo-se o objeto da demanda à declaração requerida, a despeito da comprovada ocorrência de violação a direito inerente a relação jurídica material que serviu de base ao pleito declaratório. TÍTULO II DOS LIMITES DA JURISDIÇÃO NACIONAL E DA COOPERAÇÃO INTERNACIONAL CAPÍTULO I DOS LIMITES DA JURISDIÇÃO NACIONAL Art. 21. Compete à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações em que: I - o réu, qualquer que seja a sua nacionalidade, estiver domiciliado no Brasil; II - no Brasil tiver de ser cumprida a obrigação; III - o fundamento seja fato ocorrido ou ato praticado no Brasil. Parágrafo único.  Para o fim do disposto no inciso I, considera-se domiciliada no Brasil a pessoa jurídica estrangeira que nele tiver agência, filial ou sucursal. Art. 22. Compete, ainda, à autoridade judiciária brasileira processar e julgar as ações: I - de alimentos, quando: a) o credor tiver domicílio ou residência no Brasil; b) o réu mantiver vínculos no Brasil, tais como posse ou propriedade de bens, recebimento de renda ou obtenção de benefícios econômicos; II - decorrentes de relações de consumo, quando o consumidor tiver domicílio ou residência no Brasil; III - em que as partes, expressa ou tacitamente, se submeterem à jurisdição nacional. Art. 23. Compete à autoridade judiciária brasileira, com exclusão de qualquer outra: I - conhecer de ações relativas a imóveis situados no Brasil; II - em matéria de sucessão hereditária, proceder à confirmação de testamento particular e ao inventário e à partilha de bens situados no Brasil, ainda que o autor da herança seja de nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do território nacional; III - em divórcio, separação judicial ou dissolução de união estável, proceder à partilha de bens situados no Brasil, ainda que o titular seja de nacionalidade estrangeira ou tenha domicílio fora do território nacional. Art. 24. A ação proposta perante tribunal estrangeiro não induz litispendência e não obsta a que a autoridade judiciária brasileira conheça da mesma causa e das que lhe são conexas, ressalvadas as disposições em contrário de tratados internacionais e acordos bilaterais em vigor no Brasil. Parágrafo único.  A pendência de causa perante a jurisdição brasileira não impede a homologação de sentença judicial estrangeira quando exigida para produzir efeitos no Brasil. Art. 25. Não compete à autoridade judiciária brasileira o processamento e

Essa pergunta também está no material:

840 pág.

Direito Processual Civil I

Respostas

User badge image

Ed Verified user icon

Desculpe, mas sua pergunta parece ser um trecho extenso de um texto ou um pedido de resumo. Você poderia reformular sua pergunta para algo mais específico?

0
Dislike0

Responda

SetasNegritoItálicoSublinhadoTachadoCitaçãoCódigoLista numeradaLista com marcadoresSubscritoSobrescritoDiminuir recuoAumentar recuoCor da fonteCor de fundoAlinhamentoLimparInserir linkImagemFórmula

Para escrever sua resposta aqui, entre ou crie uma conta

User badge image

Mais conteúdos dessa disciplina