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PROCESSO Nº: 0808456-89.2021.4.05.0000 - AGRAVO DE INSTRUMENTO AGRAVANTE: FAZENDA NACIONAL AGRAVADO: F. G. DEPOSITO LTDA e outros ADVOGADO: Ricardo...

PROCESSO Nº: 0808456-89.2021.4.05.0000 - AGRAVO DE INSTRUMENTO AGRAVANTE: FAZENDA NACIONAL AGRAVADO: F. G. DEPOSITO LTDA e outros ADVOGADO: Ricardo Bezerra Vitório RELATOR(A): Desembargador(a) Federal Leonardo Carvalho - 2ª Turma PROCESSO ORIGINÁRIO: 0801482-65.2016.4.05.8001 - 8ª VARA FEDERAL - AL JUIZ PROLATOR DA SENTENÇA (1° GRAU): Juiz(a) Federal EMENTA: PROCESSUAL CIVIL. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. EXECUÇÃO FISCAL. RESPONSABILIDADE TRIBUTÁRIA. SUCESSÃO EMPRESARIAL. ART. 133 DO CTN. REABERTURA DE DISCUSSÃO ACERCA DE MATÉRIA JÁ ANALISADA. IMPOSSIBILIDADE. INEXISTÊNCIA DE OMISSÃO. IMPROVIMENTO. 1. Trata-se de embargos de declaração opostos pela Fazenda Nacional em face de acórdão que negou provimento ao agravo de instrumento, negando o pedido de sucessão empresarial em relação à empresa F.G. Depósito LTDA. 2. Em suas razões recursais, a embargante sustenta que o acórdão possui omissões. Relata que, ao cumprir o mandado de intimação para oitiva da empresa sucessora, o oficial de justiça certificou que a empresa SUPERMERCADO A. D. LIMA LTDA não mais exercia a atividade no local, e que estava em funcionamento a empresa F. G. DEPOSITO LTDA. Defende que a aquisição do fundo de comércio pode ser presumida quando houver indícios suficientes da existência da sucessão, indícios estes comprovados no caso em análise. Alega que a empresa originariamente executada (B SILVA DUARTE - ME - 1ª agravada) operava no mesmo endereço da 3ª agravada (F. G. DEPOSITO LTDA), e tinha o mesmo objeto social dela e utilizava o mesmo logotipo e nome fantasia na fachada do prédio. Afirma que a 3ª agravada aproveitou empregados da empresa sucedida. 3. O artigo 133 do CTN dispõe que a pessoa natural ou jurídica de direito privado que adquirir de outra, por qualquer título, fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional, e continuar a respectiva exploração, sob a mesma ou outra razão social ou sob firma ou nome individual, responde pelos tributos, relativos ao fundo ou estabelecimento adquirido, devidos até à data do ato. 4. Para a caracterização da responsabilidade tributária por sucessão há de se comprovar que a pessoa jurídica de direito privado resultou de fusão, transformação ou incorporação, quando ocasionar a extinção de pessoa jurídica e a exploração da respectiva atividade seja continuada por qualquer sócio remanescente, ou seu espólio, sob a mesma ou outra razão social, ou sob firma individual e também no caso de aquisição do fundo de comércio ou do estabelecimento comercial, industrial ou profissional de uma empresa por outra, com a continuidade da atividade econômica exercida pelo alienante. 5. Com base no art. 133 do CTN e considerando que o fundo de comércio constitui o conjunto de bens corpóreos (vitrines, maquinarias, estoques, etc.) e incorpóreos (ponto, nome, marcas, know-how, etc.) integrantes da atividade mercantil, a responsabilização de terceiros pelos débitos tributários de antigo contribuinte, na condição de sucessor, exige que haja identidade entre as atividades da empresa que anteriormente ocupava o ponto de comércio e as daquela que passou a ali exercer as suas atividades. 6. O magistrado ressaltou que: "[...] embora a empresa F. G. Depósito Ltda - ME (CNPJ 27.609.717/0001-91) esteja funcionando no mesmo domicílio fiscal da executada, não há mais nada nos autos que indique uma sucessão empresarial. Inclusive, o seu próprio objeto social é mais amplo, englobando outros ramos não desenvolvidos pela executada. Pelo contrário, intimada para apresentar defesa, a empresa trouxe documentos que comprovam seu exercício regular desde 27/04/2017 e que já exerceu a atividade anteriormente em dois endereços distintos, antes do atual, conforme alterações no contrato social da empresa (id. 5868412), bem como apresentou contrato de locação, com registro em 07/05/2018 (id. 58684230), referente ao imóvel onde atualmente são exercidas as atividades. Apesar de a Fazenda ter alegado confusão nas datas de funcionamento da empresa A D LIMA LTDA e F G DEPÓSITO LTDA ME, o que configuraria confusão patrimonial entre elas, tal fato, por si só, não é suficiente para o reconhecimento da sucessão empresarial. Na verdade, na certidão de ID. 4755195, a oficiala não chegou a analisar os documentos fiscais da empresa, apenas aduzindo que o nome fantasia da empresa estabelecida era Supermercado A D LIMA, ao contrário do que ocorreu na certidão de ID. 5141530, em que a mesma certificou que "após consultar documentos fiscais que me foram apresentados, constatei que no imóvel funciona a pessoa jurídica F G DEPÓSITO LTDA(CNPJ 27.609.717/0001-91)". Assim, a despeito da ausência de outros elementos, não é possível reconhecer a sucessão empresarial em relação à empresa F. G. DEPÓSITO LTDA" (Id. 6082387). 7. Assim, a Segunda Turma entendeu que não houve comprovação de fusão, transformação ou incorporação, nem de aquisição de fundo de comércio, não se prestando a atestar a suposta sucessão, tão somente, o fato de ocuparem o mesmo local. 8. O acórdão embargado foi prolatado com amparo na legislação que rege a espécie e em consonância com a jurisprudência do Tribunal. O entendimento nele sufragado abarca todas as questões aventadas em sede de embargos, de modo que não restou caracterizada qualquer omissão no pronunciamento jurisdicional impugnado. 9. Embargos de declaração improvidos. (PROCESSO: 08084568920214050000, AGRAVO DE INSTRUMENTO, DESEMBARGADOR FEDERAL LEONARDO HENRIQUE DE CAVALCANTE CARVALHO, 2ª TURMA, JULGAMENTO: 25/10/2022) QUESTÕES: 1. Identifique e explique quais são os tipos de pessoas apontadas na decisão judicial; 2. Identifique a classificação, a estrutura e a função da (s) pessoa (s) jurídicas citados na decisão; 3. Identifique as classificações dos bens informados e, se possível informe com base em qual artigo do Código Civil; 4. Identifique qual o fato jurídico e se o mesmo é lícito ou ilícito. 5. Informe qual as espécies de domicílios apontadas na decisão judicial

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1. Na decisão judicial são mencionadas as seguintes pessoas: Fazenda Nacional, F.G. Depósito Ltda e outros, B Silva Duarte - ME (1ª agravada), Supermercado A. D. Lima LTDA (2ª agravada). 2. As pessoas jurídicas mencionadas na decisão são a F.G. Depósito Ltda e a B Silva Duarte - ME. A F.G. Depósito Ltda é uma empresa de direito privado que adquiriu o fundo de comércio ou estabelecimento comercial, industrial ou profissional de outra empresa, e continuou a respectiva exploração sob a mesma razão social. Já a B Silva Duarte - ME é a empresa originariamente executada na ação de execução fiscal. 3. Na decisão são mencionados bens corpóreos (vitrines, maquinarias, estoques, etc.) e incorpóreos (ponto, nome, marcas, know-how, etc.) que compõem o fundo de comércio. O artigo do Código Civil que trata do fundo de comércio é o artigo 1.142. 4. O fato jurídico mencionado na decisão é a sucessão empresarial, que pode ocorrer por fusão, transformação, incorporação ou aquisição do fundo de comércio ou do estabelecimento comercial, industrial ou profissional de uma empresa por outra, com a continuidade da atividade econômica exercida pelo alienante. O fato jurídico é lícito, desde que observados os requisitos legais. 5. Na decisão judicial são mencionados o domicílio fiscal da empresa F.G. Depósito Ltda e o domicílio da empresa Supermercado A. D. Lima LTDA.

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