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Quase todo mundo, seja muito ocupado ou muito inativo, precisa de uma revolução do tempo. Não se trata de debater se você tem pouco tempo ou tempo ...

Quase todo mundo, seja muito ocupado ou muito inativo, precisa de uma revolução do tempo. Não se trata de debater se você tem pouco tempo ou tempo de sobra. O problema está na maneira com que lidamos com o tempo e até mesmo como pensamos nele. Aqui está também uma oportunidade. Para quem ainda não experimentou fazer uma revolução do tempo, esse é o caminho mais rápido para dar um salto gigante na sua felicidade e eficácia. O Princípio 80/20 e a revolução do tempo O Princípio 80/20, quando aplicado ao uso do nosso tempo, parte das seguintes hipóteses: A maior parte das conquistas mais significativas das pessoas – o valor que alguém agrega em termos pessoais, profissionais, intelectuais, artísticos, culturais ou atléticos – é alcançada na menor parte de seu tempo. Existe um profundo desequilíbrio entre o que é criado e o tempo consumido para criar, seja o tempo medido em dias, semanas, meses, anos ou duração de uma vida. Da mesma forma, a maior parte da felicidade de uma pessoa ocorre durante períodos bem limitados de tempo. Se a felicidade pudesse ser precisamente medida, grande parte dela seria registrada em uma proporção bem pequena do total do tempo e isso se aplicaria à maior parte dos períodos, sejam medidos em um dia, uma semana, um mês, um ano ou uma vida inteira. Nós podemos refazer esses raciocínios, tornando-os mais precisos e sintéticos com o Princípio 80/20: Oitenta por cento das conquistas são alcançadas em 20% do tempo disponível; inversamente, 80% do tempo resulta apenas em 20% do valor dos resultados. Oitenta por cento da felicidade é vivenciada em 20% da vida; e 80% do tempo contribui somente para 20% da felicidade. Lembre-se de que essas são hipóteses que devem ser testadas diante de sua própria experiência; não são verdades que se comprovam por si mesmas ou o resultado de pesquisas exaustivas. Onde essas hipóteses mostram-se verdadeiras (de fato, na maioria dos casos em que testei), elas têm quatro implicações bastante surpreendentes: A maior parte do que fazemos tem baixo valor. Alguns pequenos fragmentos de nosso tempo são muito mais valiosos do que todo o resto. Se puder fazer algo a respeito disso, seja radical: não há motivo para tentar se adaptar aos limites ou tornar o uso do tempo um pouco mais eficiente. Se nós fazemos bom uso de apenas 20% de nosso tempo, então, não há escassez de tempo! Invista alguns minutos ou horas para refletir se o Princípio 80/20 opera para você em cada uma dessas esferas. Não importa a porcentagem exata, até porque é quase impossível medir com precisão. A questão-chave é se há um grande desequilíbrio entre o tempo gasto por um lado e as conquistas e a felicidade por outro. Aquele um quinto mais produtivo do seu tempo leva a quatro quintos de resultados valiosos? Aqueles quatro quintos mais felizes da sua vida estão concentrados em um quinto dos seus dias? Essas são perguntas importantes e não devem ser respondidas levianamente. Pode ser uma boa ideia colocar esse livro um pouco de lado e sair para dar uma volta. Não retorne até ter decidido se o uso do seu tempo é desequilibrado ou não. A questão não é administrar melhor o seu tempo! Caso o uso do seu tempo seja desequilibrado, é preciso fazer uma revolução. Você não necessita de uma administração melhor ou tem que fazer uma realocação marginal das horas de cada dia; você precisa transformar a maneira como investe seu tempo. Provavelmente, também tem que mudar a sua maneira de pensar sobre o tempo. O que você necessita, porém, não deve ser confundido com técnicas de administração do tempo, surgidas na Dinamarca para treinar ocupados executivos a trabalhar com mais eficácia e que se tornaram uma indústria de 1 bilhão de dólares, operando em todo mundo. A característica-chave do setor de administração do tempo não é tanto o treinamento, mas sim a venda de “gestores do tempo”, organizadores pessoais para executivos, tanto do tipo tradicional, em papel, quanto na versão eletrônica. Além disso, com frequência, a administração do tempo traz um viés religioso: a corporação que mais cresce no setor é a FranklinCovey, com profundas raízes mórmons. A administração do tempo não é um mito, já que seus adeptos, em geral, apreciam bastante o sistema e afirmam que sua produtividade aumentou entre 15% e 25% como resultado. Mas essas técnicas querem fazer um litro caber em uma caneca. Trata-se basicamente de acelerar. É dirigida especificamente a profissionais pressionados por muitas demandas simultâneas. A ideia é que um melhor planejamento de cada pequena parcela do dia ajudará o executivo a atuar de forma mais eficaz. A administração do tempo também defende a definição de prioridades claras para escapar da tirania dos eventos diários que, embora sejam urgentes, talvez não sejam tão importantes. A administração do tempo assume implicitamente que nós sabemos quais são e quais não são os bons usos de nosso tempo. Se o Princípio 80/20 está valendo, essa não é uma suposição segura. Em todo caso, se soubéssemos o que é importante, já estaríamos fazendo isso. Uma das técnicas da administração do tempo recomenda que a pessoa classifique a sua “Lista de Atividades” em prioridades A, B, C ou D. Na prática, a maioria acaba classificando grande parte da lista como atividades A ou B. Assim, as pessoas concluem que o que lhes falta mesmo é tempo. E é por isso que se interessam pela administração do tempo. Por fim, acabam com um planejamento melhor, mais horas de trabalho, profunda seriedade e, em geral, também com uma grande frustração. As pessoas se viciam na administração do tempo, mas as técnicas não mudam fundamentalmente o que fazem e nem reduzem de maneira significativa o grau de culpa que sentem por não fazerem o bastante. A simples nomenclatura “administração do tempo” entrega o jogo. Isso implica que o tempo pode ser gerenciado mais eficazmente, que é um recurso escasso e valioso e que devemos dançar no seu ritmo. Devemos ser parcimoniosos com o tempo. Se tiver uma pequena chance, o tempo nos escapa. E o tempo perdido, dizem os pregadores da administração do tempo, nunca mais volta. Vivemos agora uma era da ocupação frenética. A longamente prevista época do prazer ainda está por chegar, exceto para os desempregados. Vivemos agora a absurda situação observada por Charles Handy: a quantidade de horas de trabalho dos executivos é crescente – 60 horas por semana não são raras – e, simultaneamente, agrava-se a escassez de trabalho agradável. A sociedade está dividida entre aqueles que têm dinheiro, mas lhes falta tempo para desfrutar, e aqueles que têm tempo, mas não dinheiro. A popularidade da administração do tempo coexiste com

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