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CAPÍTULO I – TAMANHO DE ANÊMONAS-DO-MAR: UMA ANÁLISE METODOLÓGICA Diversas medidas podem ser tomadas com a finalidade de estimar o tamanho das anêm...

CAPÍTULO I – TAMANHO DE ANÊMONAS-DO-MAR: UMA ANÁLISE METODOLÓGICA Diversas medidas podem ser tomadas com a finalidade de estimar o tamanho das anêmonas, entre elas, o diâmetro do disco pedal, diâmetro da coluna, diâmetro do disco oral, área do disco pedal, comprimento dos tentáculos ou inferência através do peso seco, sendo as duas primeiras as mais empregadas (Ottaway, 1973, 1978, 1979, 1980; Minasian, 1982; Annett & Pierotti, 1984; Bucklin, 1987; Anthony & Svane, 1994; Houtman et al., 1997; Wolcott & Gaylord, 2002; Chomsky et al., 2004), porém sem consenso na literatura. A escolha por determinado método de medição fica, na maioria dos estudos, sujeita à conveniência do pesquisador e raramente encontram-se explícitos na literatura os motivos que levaram à opção metodológica (e.g. Annet & Pierotti, 1984). Bucklin (1987) argumenta a favor da área do disco pedal como alternativa mais acurada em relação ao diâmetro desta região, tendo em vista a irregularidade do disco pedal. O diâmetro do disco oral, por sua vez, pode ser utilizado na identificação de determinadas espécies de anêmonas (Hand, 1955; Corrêa, 1964; Pearse & Francis, 2000) e na mensuração de tamanho das mesmas (Ottaway, 1973; Wolcott & Gaylord, 2002; Holbrook & Schmitt, 2005). No entanto, esta é uma região que pode se contrair durante o período de exposição aérea, estímulo mecânico ou fase do processo digestivo (Batham & Pantin, 1950; Stotz, 1979), dificultando a utilização sistemática deste parâmetro morfométrico. Vale ressaltar, ainda, a importância de metodologias de mensuração de tamanho não invasivas. A adesão de espécies, como Bunodosoma caissarum, ao substrato após terem sido retiradas do mesmo não é rápida o suficiente para evitar que os organismos sejam atingidos por ondas ou deslocados durante a maré enchente antes de se fixarem novamente (observação pessoal). Neste caso, a mortalidade ou deslocamento dos animais dificulta estudos de acompanhamento da população ao longo do tempo, como os de análise de crescimento, por exemplo. Assim, medidas como o peso seco ou aquelas que demandem a retirada das anêmonas do substrato seriam inviáveis para tais objetivos. A despeito da variação morfológica dos indivíduos em curtos períodos e da diversidade de parâmetros morfométricos passíveis de serem utilizados na inferência de seu tamanho, não existem estudos que tenham testado sistematicamente qual medida melhor reflete o real tamanho de uma anêmona. Logo, a escassez de dados publicados sobre a viabilidade e precisão dos parâmetros morfométricos possíveis de serem tomados em campo dificulta e restringe a execução de estudos sobre os mais diversos assuntos a respeito destes organismos. O objetivo deste capítulo é verificar qual medida varia menos entre campo e laboratório e entre os estados de contração e expansão, melhor quantificando, desta maneira, o tamanho das anêmonas.

Essa pergunta também está no material:

ANGELIN - ECOLOGIA de actiniários no entremarés rochoso mensuração do tamanho, estrutura da comunidade e avaliação do deslocamento
102 pág.

Biologia Universidade Federal do Rio Grande do NorteUniversidade Federal do Rio Grande do Norte

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